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ANTONIO CARLOS DA COSTA GUIMARÃES.


O GAROTO DA FARDINHA CAQUI.

 

 

PRÓLOGO.

 

"A memória, segundo Nordau, é determinada pela fixação de uma gota de sangue nas células cerebrais. Despertada a atenção do indivíduo por um dos sentidos, sobe essa gota de sangue por um filamento nervoso e vai colocar-se na célula correspondente. Mais tarde, toda vez que uma sensação idêntica ferir esse nervo, a memória evocará o fato anterior, de modo que, enquanto essa gota de sangue não secar, restará no cérebro, a lembrança do acontecimento que a determinou". 

Dessa forma, as jornadas gloriosas empreendidas por Antonio Carlos da Costa Guimarães, tanto na vida civil quanto na vida militar, serão os filamentos nervosos que nos conduzirão a todo o momento, a lembrarmos do ser humano que viveu pela família e pela Pátria, na luta incessante pelo eterno desejo de servir ao seu semelhante.

O autor.

 

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APRESENTAÇÃO.

 

Nada é mais difícil do que estabelecer as origens de uma família, seja ela oriunda das camadas mais humildes, até mesmo como burguesa ou ainda supostamente aristocrática. Em todas essas hipóteses, tentamos desvendar e encontrar na botânica das vaidades, a tão gratificante árvore genealógica!

Cada um viverá eternizado pela nossa lembrança, e teremos assim, a certeza de que amanhã também viveremos na memória histórica de nossas famílias. Viver terá sido então, válido. Felizes, os que buscam o resgate de seus entes queridos e não os deixam perecer duas vezes: no momento da partida e no próprio esquecimento. Infelizes, aqueles que sequer deixam um nome para a posteridade.

Este breve, mas significativo registro, conta em parte, as origens e a trajetória árdua percorrida por Antonio Carlos da Costa Guimarães, desde o berço de seu nascimento na belíssima Mirassol, terra dos girassóis, aos dias de convivência suprema pelas cidades por onde passara, e ao final de sua caminhada entre nós, aos 26 de setembro de 2015, em São José dos Campos-SP. Em todas as partes por onde esteve, Guimarães como era conhecido, ou simplesmente Guima, deixou nos rastros do passado um pouco de sua história, de seus momentos de lutas, de sofrimentos, de alegrias, de tristezas e de sucessos. Mas, sua verdadeira trajetória de vida esteve pautada na honradez, na honestidade e no caráter. Que saudade danada de você, Guimarães!

O autor.

 

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DEDICATÓRIA.

 

Esta pequena lembrança sobre meu grande amigo Guimarães, tem destino certo: Seu sobrenome Costa Guimarães. Os sobrenomes, no decorrer da existência, se alteram, tendo as uniões matrimoniais como seu fator determinante. Entretanto, suas origens permanecem perenalmente e não podem ser relegadas ao esquecimento. Dessa forma, quando se chega ao fim uma união, os sobrenomes subsistem ou não, à sua perpetuação. À Maria Santana, companheira inseparável, ficam as lembranças indeléveis, os momentos de alegrias e o dever cumprido por haver concluído uma etapa da vida. À Clarissa e Patrícia, anjos do saudoso papai, procurem transmitir toda essa relíquia aos seus filhos, enaltecendo a importância do sobrenome Costa Guimarães, pois, mesmo com sobrenomes modificados, haverão de elevá-los à glória e de se sentirem orgulhosos de onde vieram.

O autor

 

A FELICIDADE SEMPRE PRESENTE.

 

OS MOMENTOS EM QUE A ALEGRIA E FELICIDADE CAMINHAVAM JUNTAS.

 

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PREFÁCIO.

 

Tenho a honra de, em breves linhas, expor a admiração e o respeito que devoto pelo prefaciado. Falar do Guimarães, é fácil, tamanha suas virtudes. Difícil é não reconhecer seus méritos e suas vitórias na vida pessoal, familiar e profissional. 

O Guima, como era carinhosamente chamado pelos amigos, teve por todos os seus pares que o conheceram, a gratidão do dividir, sua competência profissional e o amor incansável de ajudar. Foi o amigo dos amigos!

Tive a oportunidade de trabalhar junto no CPA/I/1, hoje CPI-1. A homenagem ao Guimarães é demais merecida. Sua vida foi abreviada por Deus, porém, suas realizações ficarão eternizadas na sua família e nos amigos, que referenciam sua memória. Obrigado, Guimarães.                                                                                                                                                         

                                                                     Luiz Gonzaga Moreira                                                                     Capitão PM

 

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ORIGENS.

 

No outono, daquele dia frio e cinzento de 23 de abril de 1944, às 08.00 horas, na Rua São José nº 810, nascia o primogênito do casal Anacleto da Silva Guimarães e Emerita da Costa Guimarães. A bela e aconchegante, Mirassol, situada ao norte do Estado de São Paulo, o recebia de braços abertos. Vivíamos então, a plenitude da Segunda Guerra Mundial.

 

                                                                                     

                                                                               O PRIMOGÊNITO DA FAMÍLIA COSTA GUIMARÂES.

 

A família, composta de quatro filhos, Antonio Carlos, Marcos, Maria Emília e Vitória, era mantida pelos supremos cuidados de dona Emerita, sempre dedicada ao lar, e de seu marido Anacleto, que labutava o dia a dia para a tão árdua missão de não deixar faltar nada. Anacleto era funcionário público estadual da Secretaria da Agricultura, nomeado que fora para exercer a função de Encarregado do Depósito do Departamento de Produção Vegetal. Foram dias difíceis, entretanto, a alegria os sobrepunha. Anacleto, ficaria pela estrada da vida, devido ao seu falecimento em 1952, em Mirassol, onde foi sepultado.

 

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A ORFANDADE E A GRANDE HEROÍNA.

 

Antonio Carlos era o mais velho dos quatro irmãos. Órfão de seu genitor, seu companheiro fiel e timoneiro, teria sua infância voltada para ajudar sua mãe no cuidado com os irmãos mais novos, o que tornaria ainda mais difícil a coesão e o seguimento de uma nova jornada, agora sem o chefe da família. Sua mãe, de origem humilde e sem posse alguma, encontraria nos serviços de doméstica, sua única sobrevivência, além de carregar consigo o pesado fardo por ser analfabeta. Sozinha e desorientada, havia deparado ante a grande encruzilhada de sua vida, qual seja, como criar seus filhos tão queridos e sem meios de ampará-los. Segundo ela, era difícil conciliar seu trabalho de servente na Secretaria da Agricultura, com o cuidar dos filhos. Outro fator que determinou para que tomasse tal atitude era que Antonio Carlos, o mais velho, quase senpre fugia de casa para tomar banho em lagos e rios, deixando dessa forma, seus irmãozinhos em completo abandono. 

 

A MÃE EXTREMOSA, EMERITA DA COSTA GUIMARÃES. 

 

A penúria tornara-se extrema, quase desesperadora. Emerita, entretanto, dotada de acentuado espírito maternal e de uma tenacidade corajosa, próprias das mulheres espartanas, enfrentara o duro golpe pela perda do companheiro, cuja lembrança não permitiu um instante de sono, na noite longa, fúnebre e solitária. Entretanto, não se afastara de seu posto. À semelhança do comandante que permanece no convés após a catástrofe, lá estava ela, firme à frente de seu lar, com a lembrança do marido no coração alanceado, mas, cuidando, infatigável e heroica, dos quatro filhos que ficaram. Mas, era preciso viver e necessário que não suspeitasse o seu sofrimento. Dessa forma, dois anos se passariam até que se depararia do mais triste momento de seu destino: a separação cruel e inevitável de seus filhos. Entregues à própria sorte, nada havia talvez, mais de aflitivo do que o momento do adeus.

 

 

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O NOVO LAR: O ORFANATO CRISTÓVÃO COLOMBO.

 

A data de 14 de fevereiro de 1955 ficaria escrita perenemente nas páginas gloriosas da vida de Antonio Carlos, um menino prestes a completar 11 anos, como o primeiro a ser levado pela benevolência divina às portas do antigo Orfanato Cristóvão Colombo, atual Instituto. Localizado no bairro do Ipiranga, referida instituição fora criada e administrada pelo padre italiano José Marchetti, o qual era considerado o “pai dos órfãos”. Aquele menino obediente e respeitoso ingressaria então, naquele orfanato, com a matrícula de nº 400, sob a égide dos Irmãos Carlistas, da Ordem de São Carlos. Também se comemorava o aniversário de São Paulo, onde seu time de coração, Corinthians, sagrara-se Campeão do IV Centenário.

 

AS PRIMEIRAS INSTALAÇÕES DO ORFANATO CRISTÓVÃO COLOMBO.

 

 

ATUAL INSTITUTO CRISTÓVÃO COLOMBO, 

 

Naquele orfanato completaria o ensino primário e reteria em sua memória os dias felizes que ali permanecera, onde as aulas de música com o saudoso irmão Francisco; as broncas sempre rotineiras do irmão Leão, quase sempre acompanhada de puxão de maneira alternada nas orelhas e de alguns beliscões graciosamente oferecidos, as palmadas que as professoras distribuíam aos menos desavisados, as missas com o irmão Danilo e outros, o retorno ao Orfanato utilizando-se de bonde elétrico, do imenso dormitório que diziam ser mal assombrado, das idas com outros internos à Igreja de Santo Antonio, na Praça do Patriarca, para auxiliarem nas missas e em outras atividades, ou ainda de certa feita, quando cortara seu pé com um caco de vidro, sendo socorrido de imediato pelo irmão Francisco, que o levou de cavalinho e depois de carro, até ao hospital, pois, sangrava muito e não conseguia colocar o pé ao chão. Por fim, a lembrança perenal dos amigos inseparáveis Melquíades e João Tomazelli. Todo esse convívio e atitudes demonstradas, o ajudariam a se tornar coroinha nas missas que eram rezadas em latim. Tudo isso ficaria marcado em sua vida. Com certeza algum dia pensara, por onde andam vocês, Melquíades e Tomazelli?

 

NO ORfANATO CRISTÓVÃO COLOMBO, AOS 12 ANOS, COM O SEMBLANTE DE ALEGRIA CURSANDO O 4º ANO PRIMÁRIO.

 

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A SOLIDÃO E O MILAGRE DO REENCONTRO.

 

Aquele menino, apesar de receber toda a compreensão e carinho por parte dos Irmãos Carlistas, trazia consigo as marcas da solidão. Sua mãe, em razão da pobreza absoluta, raramente o visitava. Era demasiadamente triste para ele presenciar a maioria de seus companheiros de internato receberem visitas, guloseimas e o abraço fraternal de suas mães ou de seus pais. Distante de todos, permanecia em um canto qualquer, observando tudo e perguntando a si mesmo o porquê de sua mãe não aparecer para visitá-lo.

Mas, enfim, um belo dia de dezembro ela apareceria para leva-lo de volta. Lá deixaria uma parte de sua vida que jamais esqueceria, pois, a formação que recebera o ajudaria em seu crescimento como ser humano. Assim, só lhe restariam, saudades. 

 

DÉCADA DE 60. ENFIM, O GRANDE MOMENTO DAQUELA FAMÍLIA, OUTRORA, SEPARADA PELOS DESTINOS.

 

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A PERSISTÊNCIA EM QUERER VENCER.

 

Corria o ano de 1957, quando, já distante daquele mundo maravilhoso em que vivia, porém, triste, pela ausência de sua família, foi trabalhar em uma agência de telegramas por cabo, como mensageiro, na All América Cable and Rádio Inc. à Rua Libero Badaró. Foi nessa empresa e rua, que teve seu primeiro emprego com carteira assinada. Tinha treze anos e sua mãe precisou de autorização do Juiz de Menores, para que fosse registrado.

 

O SERVIÇO QUE DESEMPENHAVA TODOS OS DIAS: A ENTREGA DE TELEGRAMAS.

 

Seu primeiro uniforme seria uma fardinha caqui, sapatos marrons e um quepe da cor do uniforme. Hoje, essa empresa não existe mais, pelo menos no Brasil, desativada que foi. Dois anos mais tarde, garoto tenaz e ambicioso, foi trabalhar como auxiliar de escritório nas Casas Fausto, principal concorrente das Casas José Silva e das Lojas Garbo. O escritório se estabelecia à Rua Líbero Badaró, mas, em determinado momento fui destacado para trabalhar na loja, que ficava na esquina da Praça do Patriarca com aquela rua.

Curiosamente, ao lado do novo endereço, existia uma loja de doces da Kopenhagen, aonde raramente adentrava, não por falta de vontade, mas, porque o seu bolso não permitia. Aquela loja de doces era uma tortura para aquele garoto. No horário de almoço, ele e alguns colegas iam até o auditório da Rádio Nacional, na Rua das Palmeiras, onde ficavam assistindo um programa comandado pelo saudoso Manoel de Nóbrega, em que um dos apresentadores, no início da carreira, tinha o apelido de "Peru" e mais tarde viria ser um dos mais famosos apresentadores da televisão brasileira, Sílvio Santos.

Nessa época, o Baú ainda pertencia ao então radialista Manoel de Nóbrega. A entrada era gratuita e essa era sua única diversão. Depois, voltavam do almoço, que na verdade era comida fria, acondicionada a uma marmita, pois não havia onde e como esquentá-la. Mas, voltavam felizes para o prosseguimento serviço de entrega de telegramas.

 

INÍCIO DA DÉCADA DE 60. UM GALÃ EM SUA PLENA JUVENTUDE.

 

"Reencontrando as marcas de um passado não distante, com lembranças indeléveis retidas nas prateleiras empoeiradas de seu cérebro, e quando de passagem ao mesmo local em fins de novembro de 2009, aquele filme voltaria a emocioná-lo. Ali, diante da Praça do Patriarca, cruzando consigo mesmo na magia do tempo, as mesmas lembranças voltariam como que por encanto. Certamente, a fardinha caqui, as mãos cheias de telegramas e alguns passes no bolso, se fizeram presentes naquele intante de sua vida".

 

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A HISTÓRIA COMO ELA É.

 

Ambos os textos foram relatados por Guimarães como gratidão. Neles estão contidos os momentos de tristeza pela entrada naquele Instituto, ao despedir-se de sua mãe, bem como a alegria pelo reencontro algum tempo depois. São palavras de carinho, de muito amor e de uma homenagem incomum. 

 

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INSTITUTO CRISTÓVÃO COLOMBO - (04 DE DEZEMBRO DE 2009).

 

Corria o ano de 1954. Corinthians campeão do IV Centenário de São Paulo. Eu começava a entender o futebol. Havia perdido meu pai dois anos antes e era o mais velho, tinha 10 anos, de quatro irmãos. Minha mãe, coitada, analfabeta, sem dinheiro, trabalhando de doméstica, não tinha com quem deixar os filhos pequenos. Não restou alternativa senão colocar-me em um colégio interno e minhas irmãs em outro, ficando apenas com meu irmão, o felizardo, menorzinho.

Acabei sendo internado no então Orfanato, depois Instituto Cristóvão Colombo, no Ipiranga. Lá, sob a supervisão dos irmãos Carlistas, Ordem de São Carlos. Completei o ensino primário nos anos de 1955 e 56. Tenho boas e gratas recordações desse tempo em que lá vivi. Lembro-me bem das aulas de música com o irmão Francisco, saudoso, as broncas do irmão Leão, as missas com o irmão Danilo e outros, pois logo me tornei coroinha e ajudava nas missas, que eram rezadas em latim. 

Lembro-me das idas à igreja de Santo Antonio, na Praça do Patriarca, onde eu e outro colega ajudávamos nas missas e nos outros afazeres, retornando ao ICC no final da tarde, sempre de bonde. Lembro-me do imenso dormitório, que diziam que era mal-assombrado. Dos pátios internos, do campo de futebol, das oficinas, do galinheiro, do Melquíades e do João Tomazelli, meus amigos de lá. Por onde andam vocês?

Um dia tive um enorme corte no pé, com um caco de vidro. O irmão Francisco me levou de cavalinho e depois de carro até o hospital, pois eu sangrava muito e não podia por os pés no chão. Eu me sentia muito solitário, pois minha mãe, por falta de dinheiro, raramente ia me visitar. Era muito triste ver a maioria dos meus colegas receberem visitas e guloseimas, abraçarem suas mães ou seus pais, enquanto eu ficava em um canto qualquer, observando tudo e perguntando a mim mesmo porque minha mãe não aparecia. Cheguei a pensar em fugir dali, mas para onde eu iria?

Enfim, em um dia de dezembro ela apareceu para me levar embora. Lá deixei uma parte da minha vida que jamais esquecerei, pois a formação que ali recebi me ajudou em meu crescimento como ser humano e a ser o que sou hoje. Agora, só restam saudades. Quando puder, um dia pretendo lá voltar para fazer uma visita e relembrar um pouco mais do meu passado. 

 

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SAUDADES DAQUELE TEMPO - (04 DE DEZEMBRO DE 2009).

 

Semana passada, passando pela Praça do Patriarca, não pude evitar que a nostalgia tomasse conta de mim. Hoje moro em São José dos Campos, mas, dias atrás, precisei ir até à Rua Líbero Badaró para resolver um problema, depois tive que ir até à Rua da Quitanda, em certa agência bancária. Foi nessa rua que eu tive o meu primeiro emprego com carteira assinada, tinha treze anos e minha mãe precisou de autorização do Juiz de Menores, para que eu fosse registrado. 

Era o ano de 1957 e eu fui trabalhar em uma agência de telegramas por cabo, como mensageiro, na All América Cable and Rádio Inc. Andava o dia inteiro por todas as ruas de São Paulo, de bonde, ônibus elétrico e na maioria das vezes a pé. Conforme a distância, a empresa me dava os passes de ida e volta, mas eu ia correndo para economizar os passes para fazer um lanche, ou o que era pior, guardava para poder trabalhar no dia seguinte. Tempos difíceis... quem não os teve? 

Usava uma fardinha cor cáqui, sapatos marrons e um quepe da cor do uniforme. Hoje essa empresa não existe mais, pelo menos no Brasil. Dois anos depois, fui trabalhar como auxiliar de escritório nas Casas Fausto, principal concorrente das Casas José Silva e da Garbo. O escritório ficava na Rua Líbero Badaró, mas, em determinado momento fui destacado para trabalhar na loja, que ficava na esquina da Praça do Patriarca com aquela rua.

Ao lado existia uma loja de doces da Kopenhagen, aonde raramente eu ia, não por falta de vontade, mas, porque o meu bolso não me permitia. Na hora do almoço, eu e alguns colegas íamos até o auditório da Rádio Nacional na Rua das Palmeiras. Onde ficávamos assistindo não me lembro o quê, comandado pelo saudoso Manoel de Nóbrega, onde um dos apresentadores, no início da carreira, tinha o apelido de "Peru" e mais tarde viria ser um dos mais famosos apresentadores da televisão brasileira, Sílvio Santos.

Nessa época o Baú ainda pertencia ao Manoel de Nóbrega. A entrada era gratuita e essa era a nossa única diversão. Depois voltávamos do almoço, que na verdade era uma marmita que comíamos fria, pois não havia onde esquentá-la. Retomávamos o nosso serviço de entrega de telegramas.

Enfim, essas lembranças passaram em minha memória como um filme. E eu ali, em pé, na Praça do Patriarca, cruzando comigo mesmo na magia do tempo. O nostálgico e o garoto com sua fardinha cáqui, com as mãos cheias de telegramas e alguns passes no bolso. 

 

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O INGRESSO NA SECRETARIA DA AGRICULTURA, ANTES DA GUARDA CIVIL.

 

Guimarães, tivera uma passagem pela Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, conforme sua admissão em 1º de agosto de 1962. Ali seria designado para o Posto de Sementes da Capital, mais tarde, Casa da Lavoura, de onde sairia para uma nova etapa de sua vida aos 16 de maio de 1964, ingressando na Guarda Civil de São Paulo. 

 

 

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A CARREIRA NA GUARDA CIVIL DE SÃO PAULO.

 

A Guarda Civil do Estado de São Paulo, criada em 22 de outubro de 1926, pelo Governador Carlos de Campos, era um importante apoio ostensivo para a Polícia Civil do Estado de São Paulo, criada para realizar o policiamento preventivo e ostensivo das áreas urbanas do estado, bem como zelar pela segurança pública e pela incolumidade pessoal e patrimonial dos cidadãos. Seus efetivos tiveram destacada participação quando da eclosão da Revolução Constitucionalista de 1932, durante a 2ª Guerra Mundial na Itália, originando a 1ª Unidade de Polícia Militar do Exército Brasileiro (PE), atual Polícia do Exército, e enfrentando e combatendo os horrores do terrorismo que se implantara em todo o território brasileiro, principalmente na capital paulista.

       

   

                    SEU PRIMEIRO HOLERITH                                                                                                                                    HINO DA GUARDA CIVIL DE SÃO PAULO                                                                                             

Dessa forma e em pleno Regime Militar, naquela manhã de 16 de maio de 1964, às 0800 h. de uma sexta feira de céu cinzento e carrancudo, própria do outono paulistano, a Guarda Civil de São Paulo aguardava ansiosa e de braços abertos seu mais novo integrante, Antonio Carlos da Costa Guimarães.

 

NA GUARDA CIVIL DE SÃO PAULO EM 1964 COMO 3ª CLASSE.

 

Aquele moço de corpo esguio, adentrava os portões de sua nova casa, aquela que lhe serviria de tranquilidade e sustento por muito tempo. Deixaria para trás, marcas de sofrimentos, de lutas, de desacertos e de vitórias, que o acompanharam como uma constante em sua vida. Receberia a Matrícula nº 25.964 sendo declarado policial de 3ª Classe, graduação esta que o acompanharia até 08 de abril de 1970. Entretanto, por força da lei nº 217, de 9 de abril de 1970, a Guarda Civil do Estado de São Paulo foi extinta, sendo seus efetivos incorporados aos efetivos da Força Pública, dando origem à atual Polícia Militar do Estado de São Paulo.

O autor.

 

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A POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO, EM SUA VIDA.

 

 

 

 

A fusão entre a Guarda Civil e a Força Pública do Estado de São Paulo, motivada  por um Decreto Federal de dezembro de 1969, ocorreu de maneira conturbada no que diz respeito aos seus integrantes. No aspecto de promoções de policiais da extinta Força Pública, ficou relegada à postergação, criando-se uma incógnita para sua definição. Com a fusão, constatou-se por exemplo, a demora para promoção de 3º para 2º Sargento, de até 12 anos, tendo alguns atingidos tempos maiores para graduações sequentes. Aos guarda civis, cabiam a opção de escolha, ou seja, de aceitar a incorporação ou a de escolher continuarem como funcionários civis. Guimarães, como será tratado daqui por diante em razão de seu nome de guerra, optou por ingressar na nova instituição, qual seja, Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

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MOVIMENTAÇÕES COMO PRAÇA.

 

Primeiramente foi transferido para o 27º Batalhão Policial, conforme publicação em Boletim Geral nº 145, de 07 de agosto de 1970, ali permanecendo por 8 meses, e após, transferido para o 30º B.P. e classificado na Companhia de Comando e Serviços. Meses depois, seria transferido para a 2ª Companhia de Rádio Patrulha, do mesmo Batalhão, através do Boletim Interno nº 81, de 23 de junho de 1971. Em 20 de agosto de 1973, através do Boletim Geral nº 154, foi transferido para o 22º BPM e classificado na 1ª Cia PM. Em decorrência do Decreto nº 7289, de 15 de dezembro de 1975, passou a integrar o efetivo do 4º BPM/M, a partir de 17 de dezembro de 1975, conforme publicação contida no Boletim Geral nº 242, de 17 de dezembro de 1975. A contar de 03 de maio de 1976, passou a adido ao CFAP, a fim de frequentar o CFC-II-76, conforme Boletim Geral nº 102, de 1º de junho de 1976. Foi  reapresentado ao 4º BPM/M, por conclusão do CFC, a contar de 31 de agosto de 1976, conforme publicação inserta no Boletim Interno nº 166, de 6 de setembro de 1976. Pelo Boletim Geral nº 186, de 30 de setembro de 1976, foi classificado no 4º BPM/M por efeito de promoção, cessando sua adição ao CFAP a contar de 31 de agosto de 1976. Pelo Boletim Geral nº 32, de 16 de fevereiro de 1977, é aprovado no CFSgt-77. Passa a adido ao CFAP, a contar de 1º de março de 1977, a fim de frequentar o CFSgt-77, conforme o contido no Boletim Geral nº 105, de 06 de junho de 77. Pelo Boletim Interno nº CPAM-5 nº 11, de 16 de janeiro de 1978, foi reapresentado por conclusão do CFSgt, a contar de 05 de janeiro de 1978. Foi classificado por efeito de promoção no 2º BPChq a contar de 04 de janeiro de 1978, conforme Boletim Geral nº 29/78. Passou a adido por conveniência da Justiça ao PMRG, a contar de 09 de março de 1978, conforme o contido no Boletim Geral nº 61/78. Pelo Boletim Geral nº 44, de 07 de março de 1980, foi classificado no PMRG. Conforme o contido no Boletim Geral nº 185, de 02 de outubro de 1981, foi transferido por conveniência do serviço ao CPC, tendo se apresentado em 13 de outubro de 1981, tendo em consequência sido classificado no COPOM, de acordo com o inserido no Boletim Interno nº 220, de 04 de dezembro de 1981.Teve sua classificação retificada, de como constou ao CPC, para declará-lo classificado por efeito de promoção ao CPA/I/1, tudo conforme consta no Boletim Geral nº 163, de 28 de agosto de 1984. Em 16 de março de 1987, seguiu com destino ao CFAP, a fim de frequentar o CAS-III-87, de acordo com o inserido no Boletim Interno nº 29, de 16 de março de 1987. Pelo Boletim Interno nº 30, de 19 de março de 1987, reapresentou-se ao CPA/I/1, por ter frequentado o CAS/III/87. Em 24 de abril de 1987, seguiu com destino ao CIPM, o qual ficará à disposição daquele Centro, no período de 27 de abril à 1º de maio de 1987, a fim de ser submetido às verificações correntes do CAS/III/87, conforme o contido no Boletim Interno nº 45, de 25 de abril de 1987. Reapresentou-se em 30 de abril de 1987, quando se encontrava à disposição do CIPM, a fim de ser submetido às verificações correntes do CAS/III/87, conforme Boletim Interno nº 049, de 05 de maio de 1987. Seguimento em 28 de maio de 1987 ao CIPM, onde ficará à disposição daquele DAEI no período de 1º a 26 de junho de 1987, a fim de ser submetido às verificações correntes e finais e atividades práticas no CAS/III/87. Reapresentou-se em 26 de junho de 1987, no CPA/I/1, procedente do CIPM, após concluir com aproveitamento o CAS/III/87, conforme Boletim Interno nº 80 de 07 de julho de 1987. Pelo Boletim Geral nº163, de 31 de agosto de 1987, foi classificado por efeito de promoção a 1º Sargento PM, no CPA/I/1.

 

 CPA/I-1, ATUAL CPI-1, UNIDADE QUE SOUBE AMAR E HONRAR.

 

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MOVIMENTAÇÕES COMO OFICIAL.

 

Em 08 de fevereiro de 1988, seguiu com destino à APMBB, a fim de participar da 2ª fase do Concurso para ingresso no CHQAOPM, conforme inserido no Boletim Interno nº 25, de 22 de fevereiro de 1988. Pelo Boletim Interno nº 37, de 14 de março de 1988, seguiu com destino à APMBB, a fim de frequentar o CHQAOPM, naquela Academia. Em 29 de fevereiro de 1988, passou a adido por conveniência do serviço à APMBB, a fim de frequentar o CHQAOPM, conforme contido no Boletim Interno nº 180, de 22 de setembro de 1988. Pelo Boletim Geral nº 237, de 20 de dezembro de 1988, foi nomeado nos termos do artº 5º e § único da LC 419/85, para ocupar o posto de Segundo Tenente PM do Quadro de Oficiais da Polícia Militar do Estado, a contar de 09 de dezembro de 1988, por ter concluído com aproveitamento o Curso de Habilitação para o Quadro Auxiliar de Oficiais da Polícia Militar, o 1º Sgtº em tela, conforme publicação no DOE nº 234, de 15 de dezembro de 1988. Foi classificado por efeito de nomeação ao CASRJ, o 2º Ten. QAOPM em tela, cessando sua adição por conveniência do serviço à APMBB, a contar de 19 de dezembro de 1988, por haver concluído o CHQAOPM/88, conforme inserido em Boletim Geral nº 10, de 13 de janeiro de 1989. Foi excluído do estado efetivo do CPA/I-1 e da Secção Administrativa, a contar de 11 de janeiro de 1989, o 2º Ten. QAOPM em tela, o qual, pelo Boletim Geral nº 10/89, de acordo com o contido no Boletim Interno nº 16, de 31 de janeiro de 1989, foi classificado por efeito de promoção no CASRJ. Pelo Boletim Geral nº 056, de 27 de março de 1989, foi transferido para o 7º BPM/M, o 2º Ten. QAOPM em tela, do CASRJ, a contar de 13 de fevereiro de 1989. Foi apresentado no 5º BPM/I e na 1ª Cia. PM, bem como no 2º Pel. PGd, o 2º Ten. QAOPM em tela, o qual, pelo Boletim Geral nº 53/89 foi classificado naquela Unidade, a contar de 31 de março de 1989. Foi apresentado  em 1º de julho de 1989, na 3ª Cia PM - Campos do Jordão, procedente da 1ª Cia. PM, a fim de reforçar o policiamento durante o Festival de Inverno, o 2º Ten. QAOPM em tela, do 5º BPM/I, conforme o contido no Boletim Interno nº 106, de 10 de agosto de 1989. Em 05 de março de 1990, seguiu com destino ao CEOP, o 2º Ten. QAOPM em tela, a fim de frequentar o Curso de Trânsito Urbano Rodoviário, conforme inserido no Boletim Interno nº 037, de 09 de março de 1990. Foi reapresentado no 5º BPM/I, em 27 de março de 1990, procedente do CEOP, o 2º Ten QAOPM em tela, tendo em vista que o referido Oficial teve sua matrícula no CEO Instrutor de Polícia Preventiva cancelada, conforme co contido no Boletim Interno nº 049, de 05 de abril de 1990. Por conveniência própria, foi transferido para o 41º BPM/I, o 2º Ten. QAOPM em questão, do 5º BPM/I, cessando sua adição por conveniência do serviço ao CEOP, a contar de 28 de março de 1990, por ter cancelada  sua matrícula no CEO Instrutor PP-I/90, do 7º BPM/M, de acordo com a publicação contida no Boletim PM nº 101, de 24 de maio de 1990. Em 18 de junho de 1990, o 2º Ten. QAOPM em questão, seguiu com destino ao 41º BPM/I, em virtude de sua transferência por conveniência própria, de acordo com a publicação no Boletim Interno nº 074, de 22 de junho de 1990. Pelo Boletim Interno nº 074, de 22 de junho de 1990, foi incluído no efetivo do 41º BPM/I em 18 de junho de 1990, procedente do 5º BPM/I, onde se apresentou o 2º Ten. QAOPM em questão, o qual, pelo Boletim Geral nº 101/90, foi transferido por conveniência própria, sendo classificado na 1ª Cia PM e no 2º Pel. PM, tudo a contar daquela data, função 73. Seja considerado recolhido e apresentado, do 4º Pel. PM para a sede da 1ª Cia PM, o 2º Ten. QAOPM em tela, o qual conforme, publicado no Boletim Interno nº CPAI1-071/90, foi transferido para o 41º BPM/I, sendo em consequência, excluído do estado efetivo do 5º BPM/I, conforme inserido no Boletim Interno nº 089, de 13 de agosto de 1990. Seguiu com destino ao CIPM, em 25 de novembro de 1991, o 2º Ten. QAOPM em tela, a fim de frequentar o EO-Polícia Judiciária Militar III/91, tendo se reapresentado em 16 de dezembro de 1991, conforme o contido no Boletim Interno nº 190, de 31 de dezembro de 1991. Por conveniência do serviço, no período de 25 de novembro de 1991 a 16 de dezembro de 1991, ficou adido ao CIPM a fim de frequentar o EO-Polícia Judiciária Militar III/91, conforme publicado no Boletim Interno nº 036, de 20 de fevereiro de 1991. Pelo Boletim Interno nº 022, de 05 de março de 1993, foi excluído do estado efetivo do 41º BPM/I e do EM - Oficial SJD, a contar de 13 de fevereiro de 1993, o qual conforme publicação no DOE nº 030, passou para a reserva remunerada da Corporação. Declarou que continuará residindo à Rua Aruba, nº 193, Vista Verde, São José dos Campos-SP. Nos termos do art. 17, I, DL 260/79, mais o art. 130, da Lei 10261/68, em harmonia  com o art 33 da Lei 10123/68, mais os art 1º e 3º da LC 432/85, em harmonia com o Decreto 25492/86, vencimentos referentes à LC 704/92 e Leis 6800/62 e 8106/92, contando com mais de 30 anos de serviços prestados, e com os proventos integrais, o 2º Ten. em tela, do 41º BPM/I, conforme inserido no Boletim Geral nº 035, de 19 de fevereiro de 1993.

 

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ELOGIOS.

 

É comum, durante a carreira de um policial militar, ser agraciado com elogios por ter se destacado em determinadas ações ou funções, sejam elas administrativas ou não. Com o Tenente Guimarães, um policial militar compenetrado com o bem estar de seu semelhante, não poderia ser diferente. Senão, vejamos:

Boletim Regimental nº 058, de 25 de maio de 1972, do 22º BPM, foi elogiado individualmente, por haver doado sangue em data de 12 de maio de 1972, ao Hospital do Servidor Público Estadual.

Boletim Regimental nº 008, de 22 de janeiro de 1973, do 22º BPM, foi elogiado individualmente, quando compunha a guarnição da Rádio Patrulha nº 459, os quais evidenciaram despreendimento e dedicação ímpar no cumprimento do dever, quando do acidente ocorrido com ônibus 704-CMTC no viaduto Pires do Rio, sendo alvo de louvor do Diretor Presidente da referida empresa, em documento despachado para a PM pelo Exmo. Sr. General de Brigada R/1 Sérvulo da Motta Lima, Secretário da Segurança Pública. Elevando o conceito da Polícia Militar de São Paulo, perante a opinião pública. Estes policiais foram além do simples cumprimento de suas funções, razão pela qual, em se fazendo justiça, apresento nossos elogios e agradecimentos a estes abnegados soldados através do Comando da Corporação.

Boletim Regimental nº 132, de 03 de setembro de 1973, do 22º BPM, foi elogiado individualmente, por haver em data de 09 de agosto de 1973, doado sangue voluntariamente ao Banco de Sangue da Cruz Azul de São Paulo, em favor de terceiros, demonstrando espírito humanitário, exemplo digno de ser imitado pelos demais companheiros de farda.

Boletim Regimental nº 036, de 22 de fevereiro de 1974, do 22º BPM, foi elogiado individualmente, por ter em data de 1º de fevereiro de 1974, doado sangue ao Banco de Sangue do Hospital das Clínicas, em favor de pessoa necessitada, demonstrando assim, alto espírito de fraternidade e amor ao próximo.

Boletim Regimental nº 111, de 20 de junho de 1974, do 22º BPM, foi elogiado individualmente, por ter em data de 31 de maio de 1974, por volta das 02.50 h, como componente da R.P. prefixo 1436, perseguido quatro elementos, assaltantes, na Estrada Velha de Campinas, que ocupavam o auto Corcel de placas HC-1551, havendo tiroteio entre os policiais e marginais, resultando na detenção de um deles, ferimento em outro e fuga de dois deles. O ferido foi socorrido no P.S. da Lapa. Após, foram conduzidos à Delegacia de Polícia  do 33º DP. Ato dessa natureza dignifica a Corporação e demonstra alto espírito à causa pública.

Boletim Regimental nº 139, de 31 de julho de 1974, do 22º BPM, foi elogiado por ter em data de 19 de julho de 1974, doado sangue no Hospital do Servidor Público Estadual, em favor de pessoa necessitada, demonstrando com seu gesto, alto espírito de solidariedade e amor ao próximo.

Boletim Regimental nº 197, de 1º de novembro de 1974, do 22º BPM, foi elogiado individualmente por ter doado sangue em data de 22 de outubro de 1974, no Hospital Central Sorocabana, em favor de pessoa necessitada, demonstrando assim, alto espírito de fraternidade e amor ao próximo para com seus semelhantes.

Boletim Regimental nº 024, de 04 de fevereiro de 1975, do 22º BPM, foi elogiado por ter aos 15 de janeiro de 1975, por ter doado sangue ao Banco de Sangue Heliópolis S/C Ltda, em favor de pessoa necessitada, demonstrando assim, alto espírito de fraternidade e amor para com seus semelhantes.

Boletim Regimental nº 51, de 19 de março de 1975, do 22º BPM, foi elogiado individualmente, por ter em data de 21 de fevereiro de 1975, como componente da R.P. 1441, ao atendimento a uma ocorrência de parturiente por volta das 11.10 h., verificou não haver tempo para conduzir a paciente ao P.S., realizando parto com pleno êxito na própria residência da mesma, conduzindo-a posteriormente, mãe e filho ao P.S. da Lapa, onde foi elogiado pelo médico de plantão, demonstrando assim, amor à causa pública, abnegação ao serviço e consciência de seus deveres profissionais, exemplo digno que deve ser imitado pelos demais companheiros de farda.

Boletim Regimental nº 64, de 15 de abril de 1975, do 22º BPM, foi elogiado individualmente por ter doado sangue no Hospital do Servidor Público Estadual, em data de 09 de abril de 1975, em favor de pessoa necessitada, demonstrando assim, alto espírito de solidariedade para com seus semelhantes.

Boletim Interno nº 82, de 04 de maio de 1976, do 4º BPMM, foi elogiado individualmente por ter em data de 23 de abril de 1976, quando de serviço na RP 1436, por volta das 03.10 horas, atendido a uma ocorrência de parturiente na Rua 3, nº 5, Jaraguá, efetuando o parto na própria residência, com pleno êxito, onde dona Helena Maria da Conceição, veio dar a luz a um menino e, após, conduziram mãe e filho ao PSM da Lapa, para as demais providências, demonstrando assim, grande tirocínio policial, amor à causa pública, predicado indispensável à função policial militar, exemplo digno que enobrece ainda mais o nome da Corporação, e que deve ser imitado pelos demais companheiros de farda. 

Boletim Interno nº 96, de 25 de maio de 1976, foi elogiado individualmente , por haver em data de 14 de maio de 1976, doado sangue em favor de uma paciente do Hospital do Servidor Público Estadual, demonstrando alto espírito de humanitarismo, abnegação e amor ao próximo, ato digno de ser imitado.

Boletim Geral nº 212/77 e Boletim Interno nº 236, de 16 de dezembro de 1977, nos termos do ítem III, do artigo 10, do Decreto nº 13657, de 09 de novembro de 1977, alterado pelo Decreto n º 7291/75, foi elogiado individualmente pelo Exmo. Sr. Cmt. Geral, pelo excelente policiamento executado na praça desportiva do Morumbi, por ocasião dos jogos finais do Campeonato Paulista de Futebol.

Boletim Interno nº 27, de 10 de fevereiro de 1978, do 4º BPMM, foi elogiado por ter por volta das 21.30 hs. de 07 de janeiro de 1978, conseguido deter um assaltante na Vila Nova Jaguara, momentos em que o mesmo estava assaltando a transeuntes que passavam pelo local, sendo necessário para tal detenção, o uso de grande perspicácia por parte do policial, que após vasculhar o local, conseguiu detê-lo, ferido, num matagal. Com esse proceder, o citado policial demonstrou grande amor ao serviço e sobretudo grande tirocínio, exemplo digno de ser seguido pelos demais companheiros da Corporação.

Boletim Interno nº 99, de 08 de agosto de 1980, foi elogiado indivualmente por ter em data de 21 de julho de 1980, doado sangue voluntariamente em favor de terceiros, no Hospital Santa Rita, demonstrando com esse gesto, alto espírito de solidariedade humana e amor ao próximo.

Boletim Interno nº 119, de 24 de setembro de 1980, foi elogiado individualmente pelo êxito obtido nas diligências efetuadas na captura do Sd. PM 78705-1 Nelson Bonanho Peres, que se achava ausente, demonstrando com esse proceder, alto espírito profissional e dedicação à missão que lhe fora designado, servindo de exemplo e estímulo a seus colegas. (Nota para PMRG nº 029-05/80).

Boletim Interno nº 118, de 30 de junho de 1982, foi elogiado coletivamente pelo Cel. PM Salvador D'Aquino, então Cmt. do Pol. da Capital, nos termos do art. 70, item V, do Decreto nº 13657, de 09 de novembro de 1943, atualizado pelo Decreto 7291/75, aos componentes do CPC, cujo teor é o seguinte: "Ao deixar o Comando de Policiamento da Capital, tenho a grata satisfação de elogiar individualmente os Oficiais e Praças daquela OPM, por terem demonstrado em todo o tempo que serviram sob meu comando, ser uma equipe homogênea, com acentuado senso de dever ao trabalho, dando mostra de sua lealdade e luta para o engrandecimento da nossa Polícia Militar".

Boletim Interno nº 168, de 20 de novembro de 1984, do CPAI1, por haver durante anos na Sec Adm, envidado esforços para que as tarefas afeitas à Secção fossem cumpridas com presteza e exatidão. Graças ao seu trabalho abnegado e anônimo, pode a Sec Adm apresentar sempre um trabalho correto e atualizado, elogiado inclusive em outros escalões da Corporação, o que só nos orgulha e enaltece a Unidade. É com satisfação que o elogio e agradeço pelo excelente cumprimento da missão.

Boletim Interno nº 39, de 15 de março de 1985, do CPAI1, por ter durante o período de aproximadamente 04 (quatro) anos, ocasião em que exerci a função de Adj. Secr. da UAdm, demonstrado dedicação e correção no desenvolvimento do trabalho ininterrupto e de relevância ímpar na salvaguarda dos interesses da tropa, constituindo-se em elemento da real importância na realização da atividade fim do CPAI1. É pois, com satisfação que o elogio e agradeço pelo muito que fez pela Corporação.

Boletim Interno nº 150, de 07 de novembro de 1985, do CPAI1, pelo excelente trabalho executado na Operação 12 de Outubro, levada a efeito em Aparecida nos dias 12 e 13 de outubro de 1985. Por dois dias consecutivos, desde altas horas de madrugada até o início da noite, sob intempéries, em condições adversas, com tenacidade e perseverança, cumpriu com galhardia e e disciplina, as missões que lhe foram confiadas, culminando por proporcionar tranquilidade, segurança e resistência aos milhares de romeiros que acorreram em Aparecida, nas comemorações da Semana da Padroeira do Brasil. É pois, com satisfação que o elogio e agradeço pelo excelente cumprimento da missão.

Boletim Interno nº 21, de 20 de fevereiro de 1986, do CPAI1, pela dedicação e entusiasmo com que participou do policiamento do carnaval/86. Graças ao seu trabalho anônimo, sob intempéries, indiferente à fadiga e ao esforço redobrado por cinco noites consecutivas, permitiu que o policiamento transcorresse dentro de um clima  de normalidade, propiciando que os foliões se divertissem com segurança e tranquilidade, tanto nas ruas como nos clubes. Sua atuação foi decisiva para que a Polícia Militar mais uma vez, levasse a bom termo a missão de manutenção da ordem e da segurança pública, elevando assim o nome da Corporação dentro da comunidade valeparaibana.

Boletim Interno nº 32, de 14 de março de 1986, do CPAI1, pelo apoio e trabalho executado na preparação da solenidade da passagem do comando do Policiamento de Área. Graças ao seu trabalho abnegado na elaboração e entrega dos convites, na recepção e encaminhamento das autoridades e na providência e lembrança, a tempo e a hora, de cada detalhe, a solenidade transcorreu dentro das normas regulamentares, do cerimonial e de relações públicas, alvo de elogio dos presentes, autoridades civis e militares, elevando assim o conceito da UAdm na comunidade e no seio da Corporação.

Boletim Interno nº 155, de 23 de outubro de 1986, do CPAI1, pelo excelente trabalho na execução das atividades de policiamento da Operação 12Out86, levada a efeito em Aparecida nos dias 11 e 12Out86. Graças ao seu esforço e trabalho redobrado, horas a fio, sob intempéries, a Operação atingiu com sucesso, o objetivo almejado, de proporcionar tranquilidade, proteção, segurança e assistência aos milhares de romeiros que acorreram à Aparecida. Embora o afluxo de pessoas e veículos tivesse superado as espectativas, em momento algum esmoreceu, demonstrando resistência à fadiga, mantendo elevado moralpermitindo o desenvolvimento da Operação em perfeita harmonia, alvo de elogios de autoridade e do clero. É com satisfação que o elogio e agradeço pelo excelente cumprimento da missão.

Boletim Interno nº 165, de 18 de novembro de 1986, do CPAI1, pelo esforço e dedicação empregados no trabalho ininterrupto em seu setor de atividade na Sec Adm. As novas leis trouxeram aumento substancial das atividades burocráticas e você tem se esforçado ao máximo para que os benefícios delas cheguem ao mais moderno policial militar da área, sem contar o clima de amizade sincera que procura conservar em seu ambiente de trabalho. Parabéns. A Corporação como um todo, cada PM em particular e especialmente este Chefe Interino, agradecem pela dedicação.

Boletim Interno nº 98, de 06 de agosto de 1987, do CPAI1, pela dedicação, esmero, responsabilidade e abnegação com que vem desempenhando suas missões na atividade meio, procurando sempre estar em dia com inúmeros encargos relativos aos componentes da Polícia Militar do CPAI1 e UOp subordinadas, das diversas alterações havidas, muitas vezes, com o sacrifício de suas horas de folga, dando tudo de si em prol das missões que lhe foram confiadas. Concito-o para que continue sempre servindo à Corporação da forma como o vem fazendo.

Boletim Interno nº 25, de 22 de fevereiro de 1988, do CPAI1, pela dedicação, interesse e persistência no cumprimento de suas funções, administrativas, técnicas ou de apoio logístico. Graças ao seu trabalho abnegado e anônimo, pleno de realizações e de esforço próprio, pude levar a bom termo as missões que me foram confiadas pelos escalões superiores . Ao deixar p CPAI1, tenho a certeza de que o entusiasmo e o brilhantismo com que serviu sob o meu Comando, continuará sendo o seu paradigma de bem servir à Corporação e à comunidade valeparaibana. É com satisfação que o elogio e coloco-me à disposição em minhas novas funções.

Boletim Interno CPAI1 nº 37, de 14 de março de 1988, do CPAI1, pela dedicação e perseverança com que participou no policiamento Carnaval/88. Graças ao seu trabalho anônimo, sob inteméries, indiferente à fadiga e ao esforço redobrado, por cinco noites consecutivas, permitiu que o policiamento transcorresse dentro de um clima de normalidade, propiciando que os foliões se divertissem com segurança e tranquilidade, tanto nas ruas como nos clubes. Sua atuação foi decisiva para que a Polícia Militar mais uma vez, levasse a bom termo a missão de manutenção da ordem e da segurança pública, elevando assim, o nome da Corporação dentro da comunidade Valeparaibana e do Litoral Norte do Estado.  

Boletim Interno nº 146, de 27 de outubro de 1989, do CPAI1, por ter em 07 de setembro de 1989, participado de desfile cívico-militar nesta cidade de Taubaté-SP, demonstrando elevado interesse e dedicação profissional. Graças ao seu empenho a tropa foi alvo de elogio pela coletividade taubateana, enobrecendo sobremaneira o nome da Corporação perante o público da região. 

Boletim Interno nº 84, de 31 de julho de 1990, do CPAI1, por ter em 08 de julho de 1990, após exaustivas buscas, demonstrado preparo policial militar ao deter dois indivíduos que momentos antes, haviam furtado mediante arrombamento, um restaurante no centro de Jacareí-SP, bem como recuperado o produto do furto, os quais, conduzidos ao DP, foram sindicados por ato anti-social.

Boletim Interno nº 51, de 26 de abril de 1991, do CPAI1, quando de serviço como Cmt. de Força Patrulha, informado pelo controle de RPP, que havia fuga de presos na Cadeia Pública de Paraibuna, agido com presteza, rapidez e tirocínio policial, ao providenciar reforços e deslocando até o local, coordenando intenso trabalho de recapturação, logrando recapturar dez presos, inclusive sacrificando suas horas de folga para que a operação concluisse com êxito.

Boletim Interno nº 51, de 26 de abril de 1991, do CPAI1, por ter em 19 de março de 1991, participado da recaptura dos presos fugitivos da Cadeia Pública de Paraibuna, superando o cansaço físico, com prejuízos de suas horas de folga, conseguindo praticamente a recaptura de 100% dos fugitivos (15 dos 16) sob chuva constante, em região de mata densa e montanhosa, sendo causa de orgulho deste comando, ao notar que seus comandados fizeram como ponto de honra a retirada do seio daquela comunidade, perigosos marginais, que tentaram voltar à vida criminosa. Pela dedicação, entusiasmo e amor à causa pública a qual abraçou.

Boletim Interno nº 51, de 26 de abril de 1991, do CPAI1, por ter em 28 de março de 1991, às 16.50 h., quando acionado pelo controle de RPP para atendimento de ocorrência de furto em residência, agido com presteza e a necessária rapidez no deslocamento para no local dos fatos, bem como, efetuado a prisão dos criminosos juntamente com o produto do furto, sendo ainda egresso da Cadeia Pública de Jacareí-SP, os quais foram conduzidos a Delpol e autuados em flagrante delito. 

Boletim Interno nº 81, de 21 de junho de 1991, do CPAI1, por ter às 13.30 h do dia 28 de maio de 1991, ao atender ocorrência de roubo em estabelecimento comercial, agido com presteza e tirocínio policial após incessante patrulhamento, logrado prender o meliante com o produto do delito, o qual foi conduzido à DP e autuado em flagrante delito, e posteriormente constatado que o meliante se encontrava com condenação por infrações do artigo 157 do CP.

Boletim Interno nº 122, de 30 de agosto de 1991, do CPAI1, por ter em 03 de fevereiro de 1991, quando da realização da partida entre Jacareí e União de Suzano, demonstrado alto grau de preparo policial, ao acalmar os ânimos dos jogadores e da torcida que era incentivada a invadir o gramado, tendo sido alvo de elogio da imprensa local, pelo modo como coordenou as ações do evento, enaltecendo desta forma o bom nome da Corporação.

Boletim Interno nº 128, de 10 de setembro de 1991, do CPAI1, por ter em 17 de agosto de 1991, quando em patrulhamento pela Avenida Siqueira Campos, agido com presteza e tirocínio policial, ao interceptar veículo e, na vistoria pessoal, logrado emcontrar um revólver e três papelotes de cocaína, motivo pelo qual foi o motorista conduzido à Del. Pol. onde foi autuado em flagrante delito.

Boletim Interno nº 128, de 10 de setembro de 1991. do CPAI1, tendo em vista sua atuação durante manifestação havida neste município, e tendo este iniciado com várias passeatas pelas ruas da cidade, concentração junto ao prédio da Prefeitura Municipal e posterior deslocamento à residência do prefeito, demonstrado o citado Oficial PM grande capacidade de comando junto aos subordinados empenhados no policiamento, ação com o que teria a situação atingido resultados completamente desastrosos por atos da massa participante, tendo tudo transcorrido dentro de um espírito de normalidade, graças aos esforços do Tenente Guimarães, pois, através de diálogo franco e honesto que os manifestantes e do perfeito trabalho de coordenação e comando junto da tropa, tudo transcorreu sem qualquer incidente mais grave.

Boletim Interno nº 134, de 20 de setembro de 1991, do CAPI1, por ter em 24 de agosto de 1991, quando no atendimento de ocorrência de periclitação de vida, demonstrado coragem e equilíbrio emocional ao distribuir ordens sob seu comando quando indivíduo armado de revólver ameaçava suicidar-se, e após horas de negociações, conseguido dominar e desarmar o indivíduo, sendo então conduzido à Del. Pol. e autuado em flagrante delito. 

Boletim Interno nº 147, de 14 de outubro de 1991, do CPAI1, quando solicitado para atendimento de ocorrência de roubo, demonstrado coragem, tirocínio, perspicácia e alto grau de profissionalismo, ao providenciar reforços e deslocado-se até ao local, coordenando intenso trabalho de cerco, logrando prender perigosos assaltantes com o produto de roubo, sendo então conduzidos à Del. Pol. e autuados em flagrante delito.

 

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BENÇÃO DA ESPADA. 

SUA ESPOSA, SUBTENENTE PM MARIA SANTANA DE BARROS GUIMARÃES.

 

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O CORINTHIANS EM SUA VIDA.

 

 

Guimarães teve sua vida ligada ao S.C. Corinthians Paulista, desde os tempos de menino, quando participava das "peladas" da rua onde morava, em Mirassol. Ali, daria seus primeiros gritos de Corinthians, tão comum entre a petizada alegre e descontraída de uma infância feliz. Mas, a rivalidade já existia entre as grandes torcidas, não da maneira como assistimos nos dias de hoje, mas, de uma maneira geral, tudo se resolvia no braço e no mano a mano, onde a lei do mais forte prevalecia. E, Guimarães, pelo que o conheci e pela convivência do dia a dia, deveria ser como sempre foi, de poucas palavras. Em suma, seu braço forte e seu olhar destemido, ditavam as ordens daqueles rachas. 

Foi um predestinado nas conquistas do seu time do coração, quando naquele dia 06 de fevereiro de 1955, um domingo do verão brasileiro, o Corinthians decidiria o Campeonato Paulista de 1954, contra seu arqui inimigo, a S.E. Palmeiras. Com certeza, pode ouvir no espoucar dos fogos, a grande conquista ao empatar por 1 X 1, resultado esse que lhe garantiria o título. Corinthians, o Campeão dos Centenários, no mesmo ano que a cidade de São Paulo, de Anchieta, completava 400 anos. 

Mais tarde, o ano de 1974 traria esperança de uma nova conquista, coincidentemente contra o arquirrival, a S.E. Palmeiras. Seria novamente campeão após 20 anos de espera? Não, não seria. Com o Estádio do Morumbi lotado com 127 mil torcedores, sendo 124.000 corinthianos e apenas 3.000 palmeirenses, naquela noite de 22 de dezembro, o Corinthians sairia derrotado. Ali estive ao lado daquela grande massa corintiana, quando deixaria o estádio cabisbaixa, triste e decepcionada. E Guimarães, com certeza, também estaria dentre ela. Mais uma frustração e angústia. 

A partir de então, o Corinthians passaria 22 anos sem ganhar o Campeonato Paulista, sendo os corintianos alvos de gozações das mais descabidas situações, causando muito sofrimento aos seus torcedores, justamente quando se iniciaria a era Pelé. Mas, esse sofrimento teria seu fim no dia 13 de outubro de 1977, quando da decisão contra a poderosa Ponte Preta, de Campinas. Por ironia do destino, Guimarães se encontrava de serviço de policiamento nesse dia, escalado que fora para trabalhar dentro do Estádio do Morumbi, palco da grande decisão. Ali, para sua eterna alegria, pode se deparar, mesmo que momentaneamente, há poucos metros de distância de seus ídolos. Não tenho certeza plena, mas, parece-me que Guimarães teria ganho um souvenir de algum jogador do Corinthians. Foram momentos de felicidade sem fim, e de um sonho que parecia não mais alcançar. Mas, alcançou. 

 

 

Zé Maria, Tobias, Moisés, Ruço, Ademir, Wladimir, Vaguinho, Basílio, Geraldão, Luciano e Romeu.

 

Com a conquista do título paulista, tudo parecia mais fácil para os anos seguintes do Corinthians. Vieram outros Campeonatos Paulistas, Brasileiros, Copa do Brasil, Recopa, Libertadores das Américas e Mundial Interclubes. Todos eles foram motivos de alegria, entretanto, o Mundial da Fifa em 1999, a Libertadores em 2012 e o Bi-mundial desse mesmo ano, são considerados êxtases para todos os corintianos. Não tive o prazer de comemorar pessoalmente com Guimarães essas alegrias, pois, residíamos distantes, um do outro. Mas, tanto quanto eu, a alegria foi marcante e maravilhosa em nossas vidas.

 

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O ENCANTO DA MÚSICA EM SUA VIDA.

 

Conta o Capitão PM Moreira, atualmente na Reserva e que trabalhou com Guimarães no Arquivo P1 do CPA/I/1, atual CPI1, que ele era um apaixonado por música, desde os grandes sucessos internacionais, como "Love me Tender" com seu grande ídolo Elvis Presley, quanto às músicas sertanejas. Recordo-me que certa vez, quando ainda éramos Sargentos e no retorno das atividades físicas ao alojamento, abria seu repertório de clássicos de nossas raízes como  "O vai e vem do carreiro" e "Os três boiadeiros", e todos ficávamos à espera de uma gafe para fazê-lo parar de cantar. Mas, ledo engano! Sua voz melodiosa e portador de uma entonação perfeita, faziam-no terminar com êxito suas canções. Quando ainda em atividade militar em São Paulo, desfrutava dos momentos que antecediam seus serviços de patrulheiro, para, em companhia de um companheiro de caserna e seu parceiro na viatura, entoar nossas canções raízes. Era a dupla da alegria. A alegria anunciada.

Ah, Guimarães! Quanta saudade sentimos de você com sua meticulosidade aos afazeres que lhe eram confiados. Quanta saudade dos momentos de prática desportiva às terças e quintas feiras, quando no bonito gramado do CPA/I/1 e você jogando de ponta direita (deixa Garrincha saber disso aí no céu) gritava para seus companheiros "Vou cruzaaaaaaar". Quanta saudade dos anos de 97 e 98, com você já Oficial da Reserva, a nos brindar com sua presença alegre e descontraída na continuidade das nossas saudosas terças e quintas. Quanta saudade!

 

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CINZAS DA ETERNIDADE.

 

MOMENTOS DE FELICIDADES VIVIDOS COM ESPOSA E FILHAS, QUANDO DOS PASSEIOS AO LITORAL NORTE.

 

Tantas vezes a seu lado, apreciamos a beleza deste mar, entre a pedra que nos sustenta aqui e a imensadão deste mar, com sua beleza potencializada pelo reflexo do sol poente, além do horizonte, neste 26 de setembro de 2017. Exatamente neste lugar, que tantas vezes foi nosso palco familiar, pra contemplarmos as maravilhas do Criador! 

E hoje, quando a saudade tão indescritível de você sufoca meu peito e toca indelevelmente os corações de nossas princesas, nós três olhamos este cenário incrível e sentimos que a liberdade agora, é toda sua, como berço explêndido que sempre te acolheu, e onde nós quatro podíamos orgulhosos, viver, brincar e aventurar pelas trilhas que nos conduziam até aqui. 

Doces lembranças deste paraíso, que embalou em nós um amor tão genuíno, e que nos desperta pra uma vida de harmonia plena, pois, nas palavras de seu poeta favorito "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena", pude ver o quão imensa e generosa sempre foi sua alma. Tão difícil esta ausência física por, exatamente dois anos, e o que nos consola é exatamente este legado de sua essência, de um ser humano completo na simplicidade, zelo e amor por nós e ao seu próximo.

Saudades, saudades, saudades eternas! Te amo pra sempre, amor meu! 

                                                                                  Maria Santana.

 

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A TERRÍVEL DESPEDIDA E OS MOMENTOS DIFÍCEIS QUE SE SEGUIRAM.

 

A vida é, na verdade, cheia de momentos terríveis, alguns, incrédulos à primeira notícia, outros, preparados por esse Deus maravilhoso para o derradeiro momento final e tão doloroso para aqueles que lhe foram caros, parece tornar o fardo mais leve. O "até um dia" do Guimarães, permanece em minha memória e insiste para que eu sempre me lembre dele, seja passando defronte a qualquer Batalhão, seja em viagem e passando por São José, seja num simples assistir a um jogo de futebol ou seja a visualizar algum policial fardado.

Tudo me faz lembrar dele, entretanto, aquele sábado, 26 de setembro de 2015 e durante seu velório na Urbam, duas pequenas coisas marcaram aqueles derradeiros momentos: a primeira, sua filha Clarissa, ao interpretar uma canção advinda de seu coraçãozinho triste, parecia receber uma grande benção de Deus, toda ela dedicada a seu papai naquele último adeus. A segunda, o fatídico instante da saída de seu féretro para a cremação. O tempo carrancudo, mas, acometido por uma chuva leve, contracenava com o vento nas alturas que cantarolava baixinho, como a acalentar uma criança nos braços da mãe. Foi meu último adeus a ele.

E foi assim que, naquele dia de tristezas, um poeta obscuro e sonhador sem glória, partia para a eternidade, impregnado de um eflúvio meigo e de uma ternura comovida.

Hoje, 26 de setembro de 2021, decorridos exatos 6 anos, deixo meu "até um dia", Guimarães.

 

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UM POETA DESCONHECIDO.

 

Guimarães, nos colóquios com sua alma e no silêncio de seu coração, retinha as qualidades sentimentais e intelectuais que somente os humildes possuem os atributos da glória. 

Utilizava-se das crônicas, das poesias, dos versos e dos acrósticos, de maneira que o coração se manifestasse livremente para o horizonte da vida e a visão do universo. Entretanto, guardava para si e se recolhia em seu côncavo, para, em determinado momento exprimir toda sua cultura, todo seu conhecimento e toda a anunciação como mais um poeta desconhecido. 

Despretencioso, mas, afeito às lições da modéstia (quando se autodenominava poeta menor), da bondade e da sabedoria, proporcionava em seus dias de caserna, junto de sua família e a todos que se lhe acercavam, o desejo de servir. Durante toda sua existência, portou-se como um homem simples, tendo a felicidade suprema de receber em vida, os aplausos daqueles que o conheceram.

                                                                                             O autor.

 

 

REENCONTRO (COM MARIA SANTANA).

 

                                        Meu olhar encontrou-te um dia,

                                        Ao final de uma tarde dourada.

    Rostinho tão lindo que mais parecia

          Imagem de um anjo que na terra descia.

                 Ao ver-te eu senti que sem ti eu não era nada.

 

                                        Segui eu muito triste, porque

                                        A teus lindos olhos, não apareci,

         Nem viste o instante em que eu suspirei.

      Tampouco notastes que estava eu ali.

            Ao passar de algum tempo, eu a encontrei. 

              Nessa hora, confesso, quão feliz me senti! E,

                                       Agora, sem ti, não viverei.

 

                                                                                 Julho de 1978 (Antonio Carlos)

 

SAUDADE.

 

                                             Quem ama, sente saudade,

                                             que chega bem de mansinho  

                                         e logo seu peito invade,

                                             machucando, é bem verdade.

                                         Mas, como é bom neste mundo

                                         ter um amor bem profundo

                                             e dele sentir saudade.

 

 

O TEU SORRISO.

 

Das muitas coisas que eu gosto

                                        em você, ó minha vida,

                                        uma estou sempre a lembrar,

                                        pois, me alegra a recordar

                                        do teu sorriso querida.

 

                                              Ele é o sol que me aquece

                                              nas manhãs de primavera,

                                              e tudo fica mais lindo

                                              quando você vem sorrindo

                                              com teus lábios de quimera.

 

                                              E se alguma vez estou triste

                                              sem saber por qual razão,

                                              é o teu sorriso querida

                                              que me desperta pra vida 

                                              e me alegra o coração.

 

                                                                                Maio de 1978 (Antonio Carlos)

 

 

LAMENTOS DA ALMA

 

Os dias amanhecem nevoentos e frios.

O sol, que demora, muitas vezes não vem

e a solidão que o meu peito invadiu,

gela-me o sangue e a alma também.

 

            Os dias passam tristes e vazios,

            e, como eles, também vou passando,

            qual um fantasma em vales sombrios,

            à espera do nada e o olhar divagando.

 

                        Perdido em mim mesmo, eu ligo,

                        porque já não posso nem mesmo parar,

                        sentindo os espinhos que levo comigo,

                        no peito cravados e a alma a chorar. 

 

                                   Eu choro a saudade que eu tenho de alguém

                                   que sofre também um martírio sem par,

                                   mas sofre em silêncio e não diz a ninguém

                                   que a dor que carrega e a tristeza no olha

                                   são frutos do amor que a vida lhe deu, 

                                   mas, que vive distante e demora a voltar.

 

                A espera é tão longa e os dias tão frios,

              as tarde sem sol, com o vento a soprar

          as folhas das árvores, parece dizer

               que amar é sofrer, para o amor exaltar,

                quando a espera findar, e então merecer

              em teus braços viver, dormir e sonhar.

 

Julho de 1978 (Antonio Carlos) 

 

 

CALMARIA.

 

A calma que desce em meus dias

e como a chuva em tardes de verão,

a cair mansamente sobre as pradarias, 

molhando as plantinhas que brotam no chão.

 

            É como um dobre de um velho sineiro,

            que suave entoa como uma oração, 

            avisando os fiéis e possíveis romeiros,

            que a hora é de paz e de meditação.

 

                       É como o riso alegre de uma criança

                       levada pela mão de uma mãe distraída,

                       riso que traz-nos tantas lembranças

                       de coisas deixadas na aurora da vida.

 

                                   Há muito que em mim eu não via

                                   esses arroubos e essa enorme vontade

                                   de viver, e pela vida, cantar eu queria:

                                   "encontrei no amor a minha felicidade!         

                                                               

Outubro de 1978 (Poeta menor)

 

 

LUZ DE MINHA VIDA.

 

"Onde quer que eu esteja meu pensamento estará contigo em todos os momentos, como luz, a guiar-te pelos caminhos da vida. A ausência física, que traz a nostalgia e a solidão em forma de saudades, torna cada vez mais sublime e puro, o amor entre dois seres, que buscam descobrir juntos a verdadeira felicidade, que é a razão maior da existência humana."

 

Outubro de 1978 (Poeta menor)

 

MEDITAÇÃO.

 

Às vezes, quando estou só,

pensativo e ensimesmado,

sinto na garganta um nó,

por muitas que tenho passado.

     

     Não tem sido fácil a vida,

     a pregar-me peças na alma,

     e esta existência sofrida

     exige de mim toda calma.

 

            Todo equilíbrio possível

            em mim eu procuro encontrar,

            para vencer o invencível

            e a luta continuar.

 

                    O sofrimento é enorme

                    por tantas decepções,

                    e à dor que me consome

                    somam-se às desiluções.

 

                            Sou como um barco perdido

                            no mar da minha existência.

                            A vida é um porto esquecido, 

                            invadido pela ausência.

 

                                    Ausência de sentimentos,

                                    Sem grandes revelações,

                                    onde a dor e o sofrimento

                                    tomam grandes proporções.

 

                                           Nem tudo é pesadelo, porém, 

                                           ou sofrimento total,

                                           porque não é dado a ninguém

                                           A perfeição do ideal.

 

                                                   Procura-se atingir uma forma

                                                   de sua aproximação, 

                                                   e mesmo ditada por normas,

                                                   a vida nos dá seu quinhão.

 

                                                          Tem ela seu lado bom

                                                          Será compensarmos da dor,

                                                          Porque herdamos o dom

                                                          de cultivarmos o amor.

 

                                                                  E vive naqueles que têm

                                                                  um coração para amar,

                                                                  braços abertos pra alguém

                                                                  e sempre um sorriso pra dar.

 

Agosto de 1978 (Antonio Carlos)

 

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PROFº GILBERTO DA COSTA FERREIRA - HISTORIADOR, ESCRITOR E PESQUISADOR. 

cfgilberto@yahoo.com.br

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Obrigada Gilberto! | 24/04/2023
Em nome do Guimarães, meu esposo amado, agradeço esta linda homenagem! Não imaginas o quanto nos faz bem, uma mensagem como esta, exaltando uma amizade verdadeira como era a de vocês, e a tremenda saudade que ficou! Que Deus te abençoe sempre e muito obrigada pelo empenho em realizar este trabalho maravilhoso em memória ao meu amado! E que Deus esteja cuidando dele com todo seu carinho de Pai! ❤️❤️❤️
Maria Santana B. Guimarães

Há 79 anos atrás... | 23/04/2023
Corre o tempo, e o tempo é o julgador imperecível de todas as coisas. E esse tempo é que permanece em minha memória. Hoje, não tenho como abraçá-lo materialmente, mas, a constância de suas lembranças me levam até você. Receba meu grande abraço espiritual, Guima. Feliz aniversário junto de Deus Pai.
Gilberto da Costa Ferreira

07 anos sem você!! 26/09/22 | 05/10/2022
"A maior realização que uma pessoa pode ter, é escrever o próprio nome no coração das pessoas. Isso é o que fica"!! De Álvaro Siviero. E você fez isso com tanta perfeição, que é impossível não lembrar de você a cada dia. Registrou seu nome no meu coração, nos corações de seus filhos, seus irmãos e de seus queridos amigos. E assim, de tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças de todas as suas ações, nas quais demonstrou sua grandeza no seu modo de viver!" Saudades e nosso amor pra sempre!!
Maria Santana

Gratidão Gilberto, por celebrar de algum modo ao aniversário do Guima! | 07/05/2022
Todos os anos celebramos a vida do nosso amado Guima, eu e minhas filhas, no Outback, onde saboreamos o prato que ele tanto amava! Este ano, com os preparativos do casamento da Paty neste 30abr22, não conseguimos celebrar como ele gostava! Mas com ctz, de onde ele estiver saberá o porquê! E de certa forma estava conosco na celebração do casamento de nossa caçulinha!! E foi emocionante!❤️🙏🏼
Maria Santana

Lembranças | 07/05/2022
Caro amigo Guimarães. Lembranças são eternas. Não morrem jamais, como eterna é a alma. Eu costumo dizer que a roupa veste o corpo e o corpo veste a alma.. A roupa tal qual o corpo com o tempo se desfaz, porém, o espírito é eterno, como eterno é o carinho, amor, amizade, sentimentos que não se findam. Tive também o privilégio de trabalhar com você no CPAI/1, aliás, na mesma sala junto com o Moreira. Dias inesquecíveis, onde imperava o riso, a alegria e o companheirismo. Fique com Deus.
Veloso

Saudades, meu combatente! | 23/04/2022
Guima, bom dia. Hoje você estaria completando 78 anos. Sete anos se passaram e nos distanciam da materialidade, mas, as lembranças maravilhosas que permitiram nos tornarmos amigos, continuam a me acompanhar no dia a dia, no lado de cá. Saudades de você, meu amigo corintiano. Onde você esteja, esteja presente com Deus.
Gilberto da Costa Ferreira

Missão dada. Missão cumprida. | 07/03/2021
É assim que me lembro do Guimarães. Enveredando pela sua biografia, recordei dos diversos momentos que estivemos juntos, quer trabalhando quer frequentando diversos cursos PM. Que honra, que emoção. Parabéns Gilberto.
Luiz Gonzaga Moreira

Reflexos de uma vida plena! | 26/01/2021
Professor Gilberto, você registrou com maestria episódios da vida do protagonista nesta história e seus momentos vividos com muita intensidade, em suas decisões, atos e reflexões, e que conforme as circunstâncias dos fatos, nem sempre lhe foram permitidos avaliações com extremos cuidados necessários. Mas, mesmo assim, tenho certeza que ele sempre optou pelo melhor, até em momentos cruciais. Esta postura firme e zelosa, sempre adotada pelo Guimarães, em sua vida profissional e pessoal, marcou muito nossas vidas, e de modo muito positivo, influenciando deveras nossos filhos em sua caminhada. Através deles, nossos netos serão conduzidos desta mesma forma, com certeza! Eles darão continuidade a todo bem e propósitos que um dia iniciamos, na intenção de ver nosso mundo melhor! Obrigada Prof. Gilberto por trazer à tona, nossas melhores lembranças!
Maria Santana

A inesquecível Fardinha Caqui. | 24/09/2020
Antonio Carlos, se não me engano, a Casas Fausto, ficava nos "baixos" do Edifício Sampaio Moreira e a Casa de Chocolates Kopenhagem, ficava entre a Casas Fausto e a "famosa" Casa São Nicolau e nessa época (1957) vocês iam ver na Radio Nacional o "Programa Manoel da Nóbrega", que tinha o seriado do "Águia Negra" (Carlos Alberto de Nobrega e Ronald Golias) e de fato o locutor era o "Peru que fala" (Silvio Santos) e eu também tive minha "fardinha cáqui", somente que era da Light And Power. Abraços.
Flavio Rocha

Lembranças, sempre lembranças! | 24/09/2020
Na metade dos anos 1950 eu também frequentava o auditório da Rádio Nacional, mas não era na Rua das Palmeiras, e sim, na Rua Sebastião Pereira. Era o programa Manoel de Nóbrega que ele mesmo comandava do meio dia às 14 horas. Também vi lá, o Silvio Santos recém chegado do Rio de Janeiro, sendo que o apelido de Peru, foi dado pelo próprio Manoel de Nóbrega pelo fato dele, Nóbrega, mexer com o Sílvio da mesma forma que mexia com Hélio de Alencar, o outro locutor comercial. Silvio ficava vermelho de vergonha. Era impressionante como subia o sangue na cabeça dele. Participavam do programa, Carlos Alberto de Nóbrega, Ronald Golias, Valter Ribeiro dos Santos, o Japonês da escolinha de grupo, o ultimo quadro do programa.
Mário Lopomo.

Volta ao passado. | 24/09/2020
Sr. Guimarães, voltar aos lugares onde vivemos causa um sentimento estranho, mas, gostoso. Sinto o dever cumprido e é uma saudade boa. Abraço.
Ernesto Bernardi

Boas lembranças. | 24/09/2020
Antonio Carlos, é gostoso lembrar dos tempos da nossa juventude. A Igreja de Santo Antonio, na Praça do Patriarca, a loja A Exposição, o prédio do Matarazzo, etc.. Valeu a lembrança.
João Claudio Capasso.

Época de ouro. | 23/09/2020
Oi, Antônio, fui office-boy também no centro de São Paulo e ambém andava de bonde e cobrava como se fosse ônibus. Aí eu podia comer o sanduiche da Casa Italiana. Lembro dessa empresa de telegramas, inclusive desse uniforme. Eu, na época pensava que fosse uma empresa norte-americana. Eu fazia hora na TV Excelsior Canal 9, na Rua Nestor Pestana. Vivia enfornado nos programas de TV na hora do almoço. Tempos legais que nós vivemos! Abraços.
Rubens Rosa

E o tempo não apagou. | 23/09/2020
Auspiciosas lembranças de uma época fértil de surgimentos artísticos e estabelecimentos comerciais, enriquecendo nosso "cast" nas várias emissoras de São Paulo. Não esqueça, querido Guimarães, que naquele tempo, não havia, no Brasil, melhores comediantes do que os que você citou, (e nem chocolate, também). Texto bem redigido. Não esqueça, também, de ler as narrativas de outros colegas e fazer os devidos comentários. Parabéns.
Modesto Laruccia

Memórias de um escritor consagrado. | 23/09/2020
Você escreve muito bem, e, ao ler sua narrativa, eu parecia estar nos mesmos lugares descritos com tanta competência. O final "cruzando comigo mesmo na magia do tempo" é digno de um escritor consagrado. Parabéns!
Trini Pantiga

Lembranças recíprocas. | 23/09/2020
Recordação radiofônica muito bem focada. Lembranças desse tipo sempre fazem bem à nossa alma, trazendo de volta, dias felizes. Não esqueça, Antônio, de ler e comentar os trabalhos de nossos colegas de site, fazendo o mesmo. Parabéns.
Modesto Laruccia

Sombras de um saudoso tempo. | 23/09/2020
Antonio Carlos, se você não puder voltar, leia o depoimento do Sérgio Jacomino, publicado em 11 de abril de 2008, com o nome de "Viram as estrelas do Ipiranga"?. Lá você vai encontrar o padre Leão, talvez o galinheiro... que sei eu? Quanto às missas na Igreja de Santo Antonio... você é do tempo do Entrare Altere Dei! e a resposta infantil - Qualificat juventude mea ... Parabéns e um abraço natalino.
Larry Coutinho

Cidadãos de bem. | 23/09/2020
Sr.Guimarães, na grande parte das histórias que vemos aqui no site, as origens das famílias são humildes. Isso não desmerece ninguém, ao contrário, forma as personalidades de cidadãos em toda a plenitude da palavra. Abraço.
Ernesto Bernardi

O melhor caminho. | 23/09/2020
Amigo, graças a Deus você tem boas memórias do orfanato e dos padres, pois, li alguns livros onde os meninos foram muito maltratados. Ainda bem que não foi seu caso. Acho que sua mãe fez o melhor por você.
Lygia

Recompensas. | 23/09/2020
Muito triste, mas, enriquecedora sua história! Isso é uma prova de que, mesmo sendo criado longe dos pais e irmãos, você se tornou uma pessoa do bem por ter bom caráter.
Margarete

Predicados da bondade. | 23/09/2020
Nobre e encantador depoimento de um egresso de internato, que deve ser, segundo seu relato, muito triste. Mas, houve a compensação de ter uma ótima educação, confirmada pela narrativa, descrita com muito respeito e amor, nunca carregada de raiva. Parabéns, Guimarães, e não esqueça, leia sempre as narrativas e comentários dos colegas. Faça a mesma coisa.
Modesto Laruccia

Coincidências. | 23/09/2020
Oi, Guimarães, também perdi meu pai cedo, mas, por sorte, eu era o menor ou caçula com 6 anos. Minha mãe também era analfabeta, mas, como era cozinheira e fizera um curso de massagens no Instituto Padre Chico, conseguiu assim criar sozinha eu e duas irmãs mais velhas. Tenho também muitas saudades da minha infância, onde para se ir ao cinema ou comprar sorvete e balas a gente tinha que engraxar sapatos ou tomar conta nos fins de semana dos poucos carros que estacionavam na única pizzaria do bairro. Parabéns,
Artur Miranda

Tudo se encontra... | 23/09/2020
Antonio Carlos, ninguém merece viver sem a companhia das mães!!! Mas, veja que dezembro feliz!!! Precisa o branco, para existir o negro. Precisa a tristeza, para se conhecer a alegria.
Mirça Bludeni de Pinho -

Instituto Cristóvão Colombo | 25/08/2020
Com alegria reencontramos o cruzamento de nossa história com a de Antônio Carlos. Neste ano de 2020 celebramos 125 anos de existência e, coincidência ou não, fomos procurados pela gentil Maria Santana para obter alguma informação sobre a passagem de seu esposo conosco e ela acabou nos presenteando com um texto escrito por ele sobre o ICC. É bem provável que este texto represente milhares de internos que passaram por nós neste mais de um século.
ICC

Irmão amado e abençoado! | 30/06/2020
Linda homenagem! Lendo, pude reviver muitos momentos que a vida, por si só, acaba colocando num cantinho bem escondido em nossos corações, chamado "passado", e quando me deparei com esse passado me emocionei e chorei. Obrigada por fazer viver tudo de melhor que existia em meu irmão. Uma pessoa muito importante em minha vida, que quando partiu, deixou em meu coração uma saudade doída e que somente o tempo vai acalmando. Meu poeta favorito, meu amigo, conselheiro, piadista, divertido, bravoooo, correto....um dia nos encontraremos na paz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Profº Gilberto, Deus o abençoe por essa lembrança tão linda e merecedora, Toninho merece e com certeza ele está muito feliz com seus Anjos.
Lourdes Milliatti

Vida Significativa | 27/06/2020
Não tive o privilégio de conhecê-lo, no entanto sou testemunha da amorosidade por ele semeada nos corações de sua querida esposa e filhas! Que benção ser lembrado com tanto carinho ! Que bonita homenagem ! Parabéns, Sr Gilberto!
Maria Zélia

Almas gêmeas. | 20/06/2020
O amor entre Toninho e Santana, presente no meu casamento, foi obra de Deus, um encontro de duas almas! Maria Santana, amiga de adolescência, um ser maravilhoso, merecia uma alma gêmea como o Toninho. Por desígnios de DEUS, não permitiu que envelhecessem juntos como eram os planos, mas, algum dia, se reencontrarão na eternidade.
Maria Aparecida Fonseca.

A certeza de um dia... | 19/06/2020
São quatro anos sem você. Sem seu sorriso, suas histórias, suas lembranças, sua presença que acalma. Neste ano está especialmente difícil essa ausência física. É o ano em que chegou seu netinho, o primeiro neto menino, e que, tenho a certeza que seria muito amado (e mimado) por você, pai. Meu sonho era vê-lo em seu colo, ouvindo suas histórias e sentindo esse amor que a gente teve o privilégio de receber a vida toda! Meu coração fica mais um pouco apertado, mas com a certeza de que você está aí em cima olhando por nós, enviando as melhores energias ao Huguinho. Te amo. Até um dia.
Clarissa Guimarães

Merecida homenagem | 07/06/2020
Sr Gilberto, parabéns pelo texto! De fato, o protagonista do texto, o qual tenho o privilégio de ser filha, merece todas as homenagens. O garoto da fardinha caqui entendeu muito cedo um dos propósitos de sua vida - cuidar dos seus familiares - e assim o fez com excelência: desde que se tornou, de certa forma, chefe de família aos 8 anos ate o fim. Sendo sempre exemplo de retidão, uma de suas maiores marcas. Com certeza deixou muitos exemplos e ensinamentos, que carregarei comigo e transmitirei aos meus descendentes, que irão adorar saber o Grande avô que tiveram! Abraços!
Patricia

Um reconhecimento nunca tardio. | 07/06/2020
É pai, e eu que sempre ouvi você me contar essa e outras histórias. Somente lendo é que pude visualizar todos os detalhes que eu deixei passar batido, quando você a narrava ao vivo. Posto esta história, em contraponto a como vivemos hoje, dentro da nossa realidade, menos humilde, porém longe de ser extensiva, percebo o quanto você lutou e não desistiu de seus objetivos, e até muitas vezes teve de mudá-los no meio do caminho, em prol de todos nós. Quanto você merece ser reconhecido! Te amo.
Clarissa Guimarães

Doce lembrança. | 07/06/2020
Sou filha do Capitão Luiz Gonzaga Moreira, e vivenciei a amizade dele, com o Guimarães e o professor Gilberto. Me emocionei com a homenagem e boas lembranças. Eu era adolescente na época, mas sabia que a amizade dos três era recíproca e verdadeira. Gilberto, parabéns pela homenagem ao Guimarães, tenho ótimas lembranças relacionadas a ele, sendo uma boa pessoa e com uma família maravilhosa. Um abraço a você, Professor Gilberto!
Andréa Silva Moreira

Saudades, o Amor que fica pra sempre! | 06/06/2020
Um turbilhão de lembranças invade meu ser ao ler suas palavras nestas páginas de "História em Evidência", ao som da música Somewhere in Time, parte da trilha sonora do nosso filme predileto. Digo turbilhão, porque diante de tudo que vivemos e compartilhamos em quase 40 anos, tantas histórias trocadas, aliadas à sua ausência física, me traz imensa nostalgia. Mas, creio que é normal, quando se vive um grande amor! Muito obrigada de coração por esta linda homenagem ao seu caro amigo, que te levava no lado esquerdo do peito!
Maria Santana de Barros Guimarães


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