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DANIELLE XAVIER DOS SANTOS BOTTION

 

A MORTE NÃO EXISTE, A GENTE SÓ FICA INVISÍVEL.

 

Esta frase foi proferida por Danielle, um anjo de menina, que deixou este mundo terreno aos sete anos de idade, partindo para outra morada, numa dimensão mais elevada. Sua mãe, Terezinha Xavier, conta que sua vida encontrava-se num vazio, onde não tinha esperanças para o futuro, quando Danielle nasceu e foi sem dúvida, um novo amanhecer que iluminou a sua vida e a partir de então, juntas, seguiram o mesmo caminho: A Caridade!

Assim, desse forte impulso provindo do Onipotente, nasceu a Creche André Luiz, posteriormente Lar Maria de Nazaré. Sempre acompanhada de perto pela menina, a mãe ouvia palavras ditas por ela:  "Mãe, vamos abrir a creche. Eu ajudo", "Mãe, nós nunca vamos nos separar, porque Deus não separa quem ama", "Mãe, a morte não existe. A gente só fica invisível", "Mãe, se um dia eu ficar invisível, vou te mandar cartas por outras mãos" ou "Mãe, eu te amo, e não é de agora". 

Somente hoje Terezinha pode compreender o que sua filha queria lhe dizer. Danielle era uma criança alegre e cheia de vida. Muito inteligente, aos cinco anos de idade já era independente e fazia suas tarefas sozinha e não tinha luxo com as roupas que vestia. Na maioria das vezes, usava roupas e calçados da creche até para passear e se dizia ser uma "das crianças da creche".

No começo, o Lar tinha 20 crianças portadoras de paralisia cerebral. Elas eram assistidas pelo Lar da Criança Maria de Nazaré em regime de creche, onde as mães podiam deixá-las e buscá-las à tarde. Assim, podiam trabalhar e ajudar no sustento dos outros filhos. Com a morte de Danielle, sua mãe não teve condições emocionais, naquele momento, para dar continuidade ao seu trabalho.

Mas, sem dúvida, foi uma semente plantada onde mais tarde as crianças foram encaminhadas para o Centro Integrado Madre Cecília, onde hoje funciona o Centro Cultural. O poder público municipal abraçou essa ideia e construiu um complexo, hoje denominado CEMTE (Centro Educacional Municipal Terapêutico Especializado) Madre Cecília, localizado no Bairro Novo Horizonte.

 

A PARTIDA DE DANIELLE PARA O MUNDO ESPIRITUAL.

 

Danielle e seu irmão Marcos residiam no Jardim Santana, em Tremembé-SP e estudavam na Escola Saad, em Taubaté. No dia 24 de agosto de 1990, uma sexta-feira de manhã do inverno brasileiro, caminhavam juntos e de mãos dadas para tomarem o ônibus que os levariam para mais um dia de aula. Quando atravessavam a Estrada Nova que liga os dois municípios, inesperadamente, Danielle vem a se soltar da mão de seu irmão. Subitamente, surgiu um carro que transitava com destino a Taubaté, vindo a ser atropelada de maneira fatal.

Danielle foi sepultada no Cemitério Municipal de Taubaté, à 5ª Quadra, jazigo 376. Desde então, seu túmulo é muito visitado, principalmente no Dia de Finados, quando uma multidão se acerca de seu sepulcro para orações. Nele são depositadas flores, presentes, doces e muitos brinquedos, sendo que as crianças sentem grande devoção por Danielle. Ali se ouve muitas histórias dos milagres alcançados e que lhe são atribuídos, principalmente de curas.

 

CEMITÉRIO MUNICIPAL DE TAUBATÉ.

 

Trinta dias antes de sua passagem, Danielle e sua mãe estiveram em Uberaba-MG, visitando Chico Xavier. Levaram bombons para ele feitos na própria creche. Danielle o abraçou  e nesse exato momento uma senhora que estava ao lado do Chico Xavier, perguntou: "Chico, minha avó desencarnou há 8 anos e até agora não tivemos notícia. Você não sabe nada a respeito?" Chico, abraçado à Danielle, olhou para aquela senhora e disse: "Minha filha, atualmente a espiritualidade está se preocupando mais em dar notícias de filho para mãe. Não há dor maior neste mundo que uma mãe perder um filho. Não é Terezinha?" 

Sem entender que aquilo era um aviso, Terezinha respondeu: Sim Chico, deve ser. Três meses antes desse acontecimento, mãe e filha estiveram em São Paulo no Jardim Zoológico. Lá tiraram 24 fotos ao todo e, em três fotos Danielle aparece sozinha, ao lado dela, onde aparece uma luz como um sol. Não foi encontrada explicação técnica para o fato. Já foram editados vários livros sobre Danielle e, num deles, Terezinha desabafa: "Minha vida com Danielle sempre foi uma dádiva de Deus.

Minha filha foi e continua sendo a alegria e o amor da minha vida. Sempre pude contar com ela nas horas mais difíceis de minha vida, tinha apenas 7 anos, mas tinha a compreensão de muitas caminhadas...". Atualmente Terezinha Xavier se encontra em São Luiz do Paraitinga, continuando com sua doação de amor ao próximo e desenvolvendo um trabalho de apoio às crianças carentes daquele município.

Em visita ao seu túmulo, pude perceber o quanto era querida. Nele, estava depositada uma infinidade de flores que simbolizavam todo o amor e toda a bondade que um dia, somente ela, Danielle, soube distribuir como ninguém. 

Requiescat in pace, Meu Anjo!

 

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PROFº GILBERTO DA COSTA FERREIRA - HISTORIADOR, PESQUISADOR E ESCRITOR. 

cfgilberto@yahoo.com.br

 

       

             

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Realmente milagrosa. | 25/11/2022
Estive no túmulo dessa pequena Danielle. Estava tentando engravidar fazia 2 anos. Quando cheguei e falei pra ela com fé, que se eu engravidasse e fosse menina colocaria o nome de Danielle e se fosse menino colocaria Lucca Daniel. Com muita fé, uma semana depois, fiz teste de gravidez e deu positivo. Deus a tenha, pequena Danielle, sou-lhe muito grata.
Jozana Calderaro

Maravilhosa. | 20/01/2021
História linda. Sempre visito minha mãe, mas, não sabia de toda a história completa. Incrível conhecermos almas assim! Faz toda a diferença no mundo.
Juliana

Caminhando... Caminhando... | 27/05/2014
Pura verdade! Tive a alegria de conviver com a Danielle, como ela mesma dizia, "2 eles, tia", com a Terezinha e participei ativamente desse dia fatídico. Mas aqui estamos caminhando...caminhando...porque ainda temos muito a aprender e fazer. Dani seguiu à nossa frente, enquanto aqui esteve iluminou nosso caminho com suas tiradas e suas risadas. Hoje no mundo espiritual pedimos somente que ela sorria para nós, envolvendo-nos em bênçãos de amor que muito nos ajudará a continuar...e...continuar. Parabéns, pelo relato.
Marina Ferri

Verdade da Alma | 27/05/2014
Lindo! Emocionei muito. Voltei ao tempo. Saudades, muitas saudades da minha filha Danielle,que nos seus 7 anos soube ser gente e tão bem compreendia minha luta e meu esforço para ser uma pessoa melhor, procurando aproveitar cada oportunidade de trabalho.
Terezinha Xavier


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