MEIRE PAVÃO |
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CANTORA
Meire Pavão, nasceu Antonia Maria Pavão em Taubaté-SP aos 02 de junho de 1948, sendo filha de Theotônio Pavão e Clarinda de Francisco Pavão. Seu pai, reconhecido professor de violão, pesquisador de folclore e compositor teve decisiva influência em seus pendores artísticos, os quais se fizeram notar desde menina, bem como pela aproximação constante de seu irmão, Albert Pavão (Carlos Alberto Pavão Neto).
TAUBATÉ NA DÉCADA DE 40.
O nome Meire, adotado artísticamente, fora em homenagem à sua avó paterna. Sem dúvida alguma, foram seus grandes incentivadores e seus sustentáculos pelo relativo sucesso alcançado em sua carreira artística. Apaixonada por música justamente numa época em que se vivia o período de transição do Rock And Roll de Celly Campelo para movimento da Jovem Guarda de Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, Meire Pavão caminhava para o que seria um sucesso em sua carreira artística. Em 1962, lançou o Compacto Duplo com as canções “A Cigarra e a Formiga”, “Baggio Napolitano”, “Maria Morena” e “Nair”, todos com acompanhamento do Conjunto Alvorada, um quarteto vocal feminino integrado pela própria Meire Pavão.
Em 1963, novo Compacto Duplo foi lançado, com as canções “Os Dois Italianinhos”, “Garota Boca Rica”, “Novilheiro” (Novillero) e “Cavalheiro” (Caballero), também todos com o acompanhamento do Conjunto Alvorada; Em 1964, outro Compacto, com as canções “Areia Quente” (Ay... Como Queima La Arena), de J.S. Scotti/Limache, versão de Theotônio Pavão, e “Lili” (Hi Lili Hi Lo), ambos com Jet Blacks. Em 1964, gravou em Compacto Simples as canções “O Que Eu Faço do Latin” e “Tão Perto, Tão longe”, pela Chantecler. Em 1965, gravou o LP “Rainha da Juventude”; o Compacto Simples com as canções “Bem Bom” e “Broto Estudioso” pela Chantecler, e em outro Compacto Simples as canções “Cansei de lhe Pedir” e “Depois que a Banda Passou”, pela Polydor. Em 1966, lançou em Compacto Simples o que foi considerado seu grande sucesso “Família Buscapé” e “Robertinho Meu Bem”, pela gravadora RCA Victor; No mesmo ano, lançou em Compacto Simples “História da Menina Boazinha” e “Meu broto aprendeu Karatê”, pela RCA Victor; Ainda em 1966, lançou o LP intitulado “Meire Pavão”, pela RCA Victor; Em 1968, lança pela Continental, em Compacto Simples as canções “Romeu e Julieta” e “Garoto dos meus sonhos”. Nesse mesmo ano lança em Compacto Simples pela gravadora RGE as canções “Monteiro Lobato” e “Cleópatra”. Meire Pavão é citada na letra composta por Erasmo Carlos “Festa de Arromba” e interpretada por ele "... Enquanto Prini Lorez bancava o anfitrião, (bapára) apresentando a todo mundo Meire Pavão...".
A imprensa falada, escrita e televisada, entende que a carreira de Meire Pavão não tenha obtido o merecido estrelato por exclusiva falta de valorização de produtores e gravadoras, bem como de um melhor repertório voltado aos padrões da época e suas preferências, em evidência, em meados da década de 60. Meire Pavão faleceu em 31 de dezembro de 2008 na cidade de Santos, vitimada por insuficiência respiratória aos 60 anos. Seu sepultamento foi marcado pela simplicidade sendo sepultada num funeral apenas com a participação de familiares e amigos.
A cidade de Taubaté se sente orgulhosa por ter entre seus filhos queridos a cantora Meire Pavão, artista maravilhosa que foi, que tanto engrandeceu a Capital Nacional da Literatura Infantil.
Requiescat in pace, Grande Cantora Taubateana!
PROFº GILBERTO DA COSTA FERREIRA - HISTORIADOR, PESQUISADOR E ESCRITOR.
cfgilberto@yahoo.com.br
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