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AMIGOS PARA A ETERNIDADE.

HISTÓRIAS DE MEUS CÃES E GATOS. MEUS AMIGOS, MEUS HEROIS.

 

                                                             

          “Há momentos em minha vida em que o coração aperta, o silêncio se torna absoluto e as lembranças daqueles grandes amigos que não mais estão ao meu lado, mexem com meus sentimentos. Aí, ao fazer uma reflexão, sinto profundamente que eles me fazem muita falta e que uma saudade danada persiste em me acompanhar". Por outro lado, palavras sábias advindas de Sua Santidade Papa Francisco nos confortam e nos enchem de esperança, quando questionado se animais tinham alma, assim se manifestara: As Sagradas escrituras nos ensinam que todas as coisas foram criadas pela mente e pelo coração de Deus. O céu está aberto a todas as criaturas, e lá serão investidas pela alegria e amor de Deus, sem limites.

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  Negrinho - Raça: "SRD" - Origem: família.

Cão da cor preta, oriundo de Tremembé onde morávamos. Quando da mudança para Taubaté, em 20 de agosto de 1954, veio com minha família. Muito dócil. Tenho uma foto em que aparece comigo na casa de Tremembé. Acabou morrendo na nova casa de Taubaté, sita à Rua José Pedro da Cunha nº 239. Lembro-me de que foi enterrado entre um pé de caqui e uma jabuticabeira, existentes até hoje, sendo sabedor exatamente do local. Não me vem à lembrança nossa convivência, porém, pela foto, com certeza deveria ter gostado muito dele. Sua morte deve ter ocorrido entre 1955 e 1958.

 

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   Prince - Raça: "Pastor Alemão" - Origem:  doação. 

Ganhei esse cão de um companheiro de caserna, no início da década de 80. Prince ainda era novo, talvez um ano de idade e ao levá-lo para minha casa encontrei certa reprovação. Lembro-me de uma passagem interessante, quando minha filha, notando o carinho e o amor dedicado a Prince, questionou-me: "Pai! Parece que o senhor gosta mais do cão do que da gente". Aquele momento, foi difícil para entender e explicar a razão de ter um animal conosco. A partir daí também percebi que Prince não estava feliz num quintal espaçoso, porém, pequeno em relação de onde viera, uma enorme chácara com liberdade para correr e viver em companhia de outros cães. Alguns dias depois achei melhor devolver Prince ao meu amigo. Recordo-me que senti muito na hora de devolvê-lo. Foi tudo muito triste. Nunca mais tive notícia de Prince, mas, com certeza se encontra no céu. 

 

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   Kelly - Raça: “SRD” - Origem: doação.

Conheci Kelly, a Kellynha querida, em 1992. Era pequenina e muito bonitinha, com aproximadamente 16 anos. Vivia muito só no rancho ao lado da cozinha e não dava aborrecimentos em hipótese alguma. Kelinha morreu, em meados da década de 90. 

 

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Natasha - Raça: "Pastora Alemã" - Origem: Taubaté.

Fez parte das minhas alegrias no ano de 1993, entretanto não me recordo da maneira como chegou e de quem poderia ter ganho. Só tenho a recordação de quando ficou doente de maneira repentina e de levá-la ao veterinário, onde, após alguns dias recebi a notícia que tinha falecido, tendo o mesmo se prontificado e incumbido de sepultá-la. Seu nome foi atribuído à personagem Natascha, interpretado por Cláudia Ohanna, na novela Vamp.

 

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 Keity - Raça: “Labradora” - Origem: doação.

Ganhei Keity em 1993, a qual tinha mais ou menos um ano e meio de idade. Foi uma cadela fantástica. Pelagem lisa de cor preta, muito dócil. Gostava de deitar-se para ter a barriga acariciada. Em 1995, levei-a para cruzar com outro labrador na estrada que liga ao Old West, em Tremembé e dias antes do casamento de minha filha, nasceram 11 filhotes, sendo todos doados. Viveu confinada durante muitos anos em um espaço de 12 metros quadrados, sem muito amor e carinho, pois não tinha muito contato com pessoas em razão de o canil ser no fundo e haver um muro alto na frente da casa. Era considerada apenas como cadela de guarda. Por volta de 2002, foi para um canil do mesmo tamanho em minha chácara, porém, era solta de manhã e à tarde para passear pela chácara. Meu irmão Garcílio cuidava dela sempre que necessário e gostava muito, pois, amava os animais. Foi sempre muito bem tratada quando permaneceu na chácara, com banhos, veterinário, ração da melhor espécie, muito amor e carinho. Tinha uma bocada violenta e tudo o que lhe fosse dado, precisava ser jogado, com exceção da ração. Keity faleceu em 2006 e foram dias de sofrimento ao vê-la internada em um cubículo de 1X1 m2, em estado deplorável, magérrima, para quem a conheceu. A veterinária que cuidava dela sugeriu-me sacrificá-la, ao que de imediato não aceitei. Dias depois, Keity veio a falecer. Restou a saudade! Obrigado Keity, pelos anos de felicidade que tão carinhosamente me proporciou.

 

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Leon Spinks - Raça: "Pastor alemão" - Origem: doação.

 

  

 

Em outubro de 1998, Leon Spinks, comumente chamado de Pinks, chegou com 90 dias de vida, em minha chácara. Ganhou esse nome em homenagem ao lutador de boxe peso pesado Leon Spinks, único boxeador que havia derrotado Cassius Clay. Ainda sem entender muito de cães, não compreendia porque Spinks quebrava e danificava minhas plantas. Por isso, tomava algumas “panadas” quando fazia arte.

Cão muito dócil, aos poucos, com o passar dos meses foi-se adaptando ao meio e passando a conviver com novos amigos, primeiro com o cão de rua Capuchinho, e depois com Filó, cadela também de rua e que chegou ao convívio de ambos em fevereiro de 2000. Com conhecimentos adquiridos ao longo dos anos, tomei ciência de que um cão antes de adquirir um ano de idade não possui personalidade formada sendo difícil seu entendimento em não poder fazer isso ou aquilo. Depois tudo se acertou e Spinks, tanto quanto Capuchinho, passaram a paquerar Filó.

Como resultado dessa paquera Filó ganharia em 17 de maio de 2000, dez lindos filhotes. A dona natureza encarregou-se de proporcionar cinco lindos filhotes da pelagem do Spinks e cinco filhotes da pelagem de Capuchinho. Estes, do Capuchinho, nasceram com barbichas da mesma linhagem do pai. Explica-se: quando, num domingo, cheguei à minha chácara, para minha surpresa, surpreendi Spinks já copulado em Filó e esta se encontrava com as pernas traseiras erguidas em razão de seu tamanho em comparação a Spinks. Após deitá-los, alguns momentos depois ambos já estavam separados.

Ao que tudo indica Capuchinho tenha sido o primeiro a copular com Filó. Dessa ninhada procurei ficar com uma raiz de um deles, ficando então com uma fêmea de nome Princesa. Spinks foi maravilhoso. Manso e dócil no trato com todos que o abordavam e muito brabo quando ficava como cão de guarda. Considerado por muitos como o maior pastor alemão de Taubaté, Spinks esbanjava saúde. Durante oito anos (1998 a 2006) Spinks foi meu segurança em minha firma "Gilberto Festas". Alimentou-se da melhor ração, era vacinado periodicamente, sua água era trocada de manhã, tarde e noite, recebia amor e carinho e todo o conforto. Spinks era muito divertido quando ouvia miado de gato, pois ficava arisco no aguardo de poder pegá-lo. Os gatos, que já conheciam o local, não desciam de jeito nenhum, mesmo com ele preso. Enquanto os demais cães se escondiam com barulho de fogos, Spinks enfrentava-os, pois teve treinamento de ataque pelo Canil do 5º BPM/I e não tinha medo de nada. Ai de quem o enfrentasse.

Em outubro de 2007, comecei a presenciar que Spinks, começava a ficar cansado. Já não tinha mais aquele pique, mas continuava muito brabo, agora, sendo meu segurança particular. Em novembro começou a dar mostras de que sofria de algum mal, pois, caminhava com dificuldade. Em 27 de janeiro de 2008, chegando à minha chácara, notei Spinks muito mal, respirando muito rapidamente. Levei-o ao veterinário, tendo este sugerido que ficasse internado, porém, para minha surpresa Spinks não cabia no box, tendo ficado mal acomodado dentro dele. Pensei em voltar com ele, mas sua saúde estava em primeiro lugar e preferi deixá-lo sob cuidados médicos. Entretanto, naquele fatídico domingo por volta de 17.50h fui informado por telefone em minha casa que Spinks não suportara e viera a falecer. Quanto sofrimento, quanta tristeza! 

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LUA, O ADEUS INESPERADO...

 

Lua - Raça "Husky Siberiano" - Origem: Encontrada abandonada.

Hoje, 07 de março de 2017, por volta de 14.35 h quando habitualmente visito meus cães, percebi a falta de Lua, minha grande amiga que estampa meu face. Foram momentos de angústia e apreensão ao chamar por seu nome e não ser correspondido quando fazia no momento de minha chegada. Caminhei angustiado até sua casa continuando a chamá-la por umas dez vezes. Tudo era silente, dando a entender que os demais cães já sabiam de algo fora da normalidade.

Percebendo a gravidade da situação pedi: Jesus, me ajude! Mais dois passos caminhados e a triste realidade: Lua jazia inerte, com a língua para fora, já em completo estado de rigidez e exalando mau cheiro. Obedecendo a rotina da vida, mais uma vez um dia triste, de tantos que já passei ao sepultar um cão amigo. No dia 13/11/2009, quando possuía um Pet Shop, fui avisado por um conhecido que vinha de Tremembé para Taubaté de que vira um animal deitado às margens daquela rodovia, no local conhecido como Vila Migoto. Incontinente, com o coração incontrolado para lá me dirigi. Assim que cheguei perguntei a alguns de seus moradores sobre aquela cadela quando então me responderam que não havia dono e que a mesma não saía daquele local há quatro anos, após ser abandonada. Oh, ser humano! Respondi então que agora ela já tinha um dono. Lua estava tomada de sarna, subnutrida, completamente debilitada e não conseguia se levantar.

Levei-a ao médico veterinário ficando internada por três dias, tomando soro e medicações diversas. Depois ganhou uma casa, comida, vacinação, castração, dois amiguinhos Marley e Bubuquinha, muito carinho e passou a viver feliz. Lua era uma cadela da raça husky siberiano, na cor branca. Seus olhos eram azuis, muito meiga e brincalhona. Quando tomava seu banho após a tosa e saía com as unhas pintadas na tonalidade vermelho, parecia uma noiva à espera de seu príncipe encantado diante do altar. Hoje, divide seu espaço no céu com outras estrelas. Até um dia, Lua querida.

 

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PROFº. GILBERTO DA COSTA FERREIRA - HISTORIADOR, ESCRITOR E PESQUISADOR.

cfgilberto@yahoo.com.br

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Ao lado de outra Lua... | 08/03/2017
Oi amigo, o que dizer Gilberto? Que você fique com seu coração tranquilo. Triste? Sim, mas, com a sensação de dever cumprido para com a Lua. Ela teve de você a coisa mais importante que podia ter, seu amor... muito amor. Isso é o que importa, ela retribuiu esse amor e você vai ter sempre em sua memória a lembrança dos melhores momentos vividos com a Lua, guardados para sempre em seu coração... força aí amigo, ela está brilhando lá no céu ao lado de outra Lua... beijos no coração.
Elisabeth do Nascimento Teixeira

Sentimento. | 08/03/2017
Gilberto, se o mundo tivesse mais gente com esse sentimento e sem políticos eu saberia onde era o paraíso. Parabéns meu irmão isso é a plenitude do termo "ser humano".
Valdir Almeida do Nascimento


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